Serviço é de portas abertas, ou seja, não precisa de encaminhamentos ou protocolos para ter acesso e funciona de segunda à sexta-feira, das 7 às 18 horas
Por: Ricardo Sottero | Fotos: Marcos Filho Sandes/Secom
Ainda no final do ano passado, a Prefeitura de Araguaína assumiu a gestão do CAPS Infantil (Centro de Atenção Psicossocial) e a unidade já está de portas abertas para atender crianças e jovens de 3 a 17 anos e 11 meses de idade. O serviço é vinculado à Secretaria da Saúde de Araguaína e está disponível à população de segunda à sexta-feira, das 7 às 18 horas, na Rua Deusarina Alves, nº 11, no Jardim Filadélfia.
A supervisora do CAPS Infantil, Dágma Luzia Carvalho de Sousa, explica que o serviço faz parte do RAPS (Rede de Atenção Psicossocial) e é destinado a acolher e cuidar de crianças e adolescentes que sofrem de problemas psíquicos ou transtornos mentais graves e persistentes, além dos que fazem uso de substâncias psicoativas, procurando preservar e fortalecer os laços sociais.
"É importante reforçar que os pais também recebem um apoio do CAPS, passando pelo acompanhamento no grupo de apoio à família para saber lidar com a situação dos filhos, porque muitos negam e não sabem conduzir. Nestes casos, falamos da necessidade de a criança permanecer nos tratamentos até a alta”, informa a coordenadora.
Quem recebe atendimento?
Na unidade são atendidos crianças e adolescentes com agitação, ansiedade, déficit de atenção, depressão, estresse pós-traumáticos e entre outros transtornos. Além de Araguaína, moradores de outros municípios da região norte também podem ser atendidos após encaminhamento médico, como é o caso da Ana Cléia Arruda, moradora de Carmolândia.
“Meu filho anda sentindo muito medo, eu tenho que conversar com ele para acalmá-lo e também está com dificuldade de aprendizagem. Vamos vir aqui de 15 em 15 dias, estou esperançosa com o início desse tratamento”, relatou Ana Cléia.
O que o CAPS Infantil oferece?
A unidade faz o acolhimento, acompanhamentos individuais e em grupos terapêuticos e psicoterápicos, de apoio à família, oficinas terapêuticas, visitas domiciliares, escolares, institucionais, busca ativa e outras atribuições de responsabilidade da RAPS com atuação de uma equipe multidisciplinar.
Há cinco meses, Nicole Andrade, de 10 anos, recebe atendimento no CAPS. Por meio das oficinas, ela pode desenhar, fazer colagens e interagir com outras pessoas. “Eu gosto daqui, dos meus professores, gosto de pintar e fazer essa arte aqui, me deixa feliz”, contou Nicole.
Como ter acesso ao serviço?
O CAPS Infantil é de portas abertas, ou seja, não precisa de encaminhamentos ou protocolos para ter acesso. Os pais ou tutores devem apresentar apenas a documentação da criança que comprove a responsabilidade legal. A demanda apresentada será avaliada pelos profissionais do centro para a entrada no serviço.
“Caso a necessidade da criança não seja de competência do CAPS, nós fazemos o devido encaminhamento ao serviço específico dentro da rede de apoio. Temos o cuidado de fazer esse direcionamento para a criança não ficar sem o tratamento”, ressalta Dágma.
O serviço tem a capacidade de atender até 50 crianças por mês no projeto intensivo, com atendimento diário; 100 por mês no semi-intensivo, com tratamento de duas a três vezes por semana; e até 310 crianças por mês no projeto não intensivo, quando o atendimento é realizado a cada 15 dias.
“Eu gosto daqui, dos meus professores, gosto de pintar e fazer essa arte aqui, me deixa feliz”, contou Nicole Andrade