Amor próprio, autoconhecimento e avaliação interna foram temas das rodas de conversa sobre educação não-violenta realizadas em Araguaína
Por Giovanna Hermice - Foto: Marcos Sandes/Ascom
Na Casa Lar, unidade de acolhimento para crianças e adolescentes, os pais ou cuidadores que chegavam na roda de conversa sobre educação não-violenta puderam encontrar a seguinte frase em um cartaz: “Só é possível educar uma criança com amor, amando-se”. O encontro foi realizado na sexta-feira, 18,tendo como principal assunto a Lei Menino Bernardo n° 13.010, conhecida como “Lei da Palmada”, que proíbe o uso de castigos físicos ou tratamentos cruéis na educação de crianças e adolescentes.
Segundo a psicóloga Kárita Monteiro, o autoconhecimento e a cura interna são processos fundamentais para promover uma relação mais saudável com os filhos. “A violência parte de feridas que eu tenho enquanto ser humano, quando é promovida a autorreflexão e a mudança em si, a pessoa com certeza irá pensar duas ou três vezes antes de ser agressivo”.
Oportunidade de aprendizagem
Dentre os responsáveis presentes no evento, estava a dona de casa Francisca Nogueira, de 46 anos, ela é madrasta de uma criança de 9 anos, que se encontra acolhida temporariamente na Casa Lar. Para ela, o evento foi uma oportunidade de desenvolvimento pessoal e de melhorar a relação com o enteado.
“Eu acho muito importante esse encontro, até para eu aprender a educar ele, porque ele não é o meu filho de sangue”, contou Francisca.
Responsabilidade e preocupação afetiva
Valdir Barros, 68 anos, acolhe quatro filhos que estão na fase da infância e adolescência, um deles conheceu na Casa Lar. Para manter as despesas do dia a dia, ele trabalha como auxiliar de monitoramento escolar e administra um ateliê de costura. Valdir relata que quando o assunto é educar, sempre tem algo para aprender e por isso não mede esforços.
“Coloquei eles na escola, estão morando em um local seguro, não falta alimento e tenho aquele cuidado, busco ensinar de uma forma amorosa, não brigo com eles, parei todo o meu serviço para vim aqui, porque sei que pode ter algo novo que eu preciso aprender e passar para os meus filhos”, disse o pai.
Quebrando o ciclo da violência
Ao todo foram realizadas quatro rodas de conversas nos CRAS 1, 2 e 3 (Centro de Referência da Assistência Social) e na Casa Lar, na última semana, nos dias 17 e 18. A iniciativa faz parte do Selo Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), em que a Prefeitura assumiu o compromisso de desenvolver políticas públicas pela infância e adolescência.
Participaram dos eventos 55 cuidadores de crianças e adolescentes, que além de ouvir os educadores e psicólogos se abriram para o diálogo e as formas alternativas e positivas de educar.
“Muitos casos que vêm para a Casa Lar é por causa de agressões, infelizmente ainda existem pais que acreditam que a força bruta é uma forma de passar autoridade e precisamos desconstruir essa imagem, educar de maneira consciente e com respeito e afeto”, informou a coordenadora da unidade de acolhimento, Luciana Alves.
Sinais de alerta
De acordo com a psicóloga, as crianças vítimas de agressões físicas ou verbais podem apresentar mudanças de comportamento, que além de interferir no bem-estar dela, podem impactar em outras relações do dia a dia.
“Uma criança que antes era calma e começa a ficar irritadiça, chora com frequência e sem motivo, fica agressiva com facilidade. Na grande maioria dos casos, pode reproduzir a violência vivenciada em casa, batendo em colegas, irmãos e até nos professores”, explicou Kárita Monteiro.
Como denunciar?
Para salvar uma criança ou adolescente que está sofrendo violência doméstica ou ainda vivendo com os seus direitos violados, qualquer pessoa e de forma anônima pode ligar no disque 100. O canal recebe denúncias de violações dos direitos humanos, outra forma é entrar em contato com o Conselho Tutelar de Araguaína, que atende por meio do telefone 3411 7003.
Segundo a psicóloga Kárita Monteiro, o autoconhecimento e a cura interna são processos fundamentais para promover uma relação mais saudável com os filhos. “A violência parte de feridas que eu tenho enquanto ser humano, quando é promovida a autorreflexão e a mudança em si, a pessoa com certeza irá pensar duas ou três vezes antes de ser agressivo”.
Oportunidade de aprendizagem
Dentre os responsáveis presentes no evento, estava a dona de casa Francisca Nogueira, de 46 anos, ela é madrasta de uma criança de 9 anos, que se encontra acolhida temporariamente na Casa Lar. Para ela, o evento foi uma oportunidade de desenvolvimento pessoal e de melhorar a relação com o enteado.
“Eu acho muito importante esse encontro, até para eu aprender a educar ele, porque ele não é o meu filho de sangue”, contou Francisca.
Responsabilidade e preocupação afetiva
Valdir Barros, 68 anos, acolhe quatro filhos que estão na fase da infância e adolescência, um deles conheceu na Casa Lar. Para manter as despesas do dia a dia, ele trabalha como auxiliar de monitoramento escolar e administra um ateliê de costura. Valdir relata que quando o assunto é educar, sempre tem algo para aprender e por isso não mede esforços.
“Coloquei eles na escola, estão morando em um local seguro, não falta alimento e tenho aquele cuidado, busco ensinar de uma forma amorosa, não brigo com eles, parei todo o meu serviço para vim aqui, porque sei que pode ter algo novo que eu preciso aprender e passar para os meus filhos”, disse o pai.
Quebrando o ciclo da violência
Ao todo foram realizadas quatro rodas de conversas nos CRAS 1, 2 e 3 (Centro de Referência da Assistência Social) e na Casa Lar, na última semana, nos dias 17 e 18. A iniciativa faz parte do Selo Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), em que a Prefeitura assumiu o compromisso de desenvolver políticas públicas pela infância e adolescência.
Participaram dos eventos 55 cuidadores de crianças e adolescentes, que além de ouvir os educadores e psicólogos se abriram para o diálogo e as formas alternativas e positivas de educar.
“Muitos casos que vêm para a Casa Lar é por causa de agressões, infelizmente ainda existem pais que acreditam que a força bruta é uma forma de passar autoridade e precisamos desconstruir essa imagem, educar de maneira consciente e com respeito e afeto”, informou a coordenadora da unidade de acolhimento, Luciana Alves.
Sinais de alerta
De acordo com a psicóloga, as crianças vítimas de agressões físicas ou verbais podem apresentar mudanças de comportamento, que além de interferir no bem-estar dela, podem impactar em outras relações do dia a dia.
“Uma criança que antes era calma e começa a ficar irritadiça, chora com frequência e sem motivo, fica agressiva com facilidade. Na grande maioria dos casos, pode reproduzir a violência vivenciada em casa, batendo em colegas, irmãos e até nos professores”, explicou Kárita Monteiro.
Como denunciar?
Para salvar uma criança ou adolescente que está sofrendo violência doméstica ou ainda vivendo com os seus direitos violados, qualquer pessoa e de forma anônima pode ligar no disque 100. O canal recebe denúncias de violações dos direitos humanos, outra forma é entrar em contato com o Conselho Tutelar de Araguaína, que atende por meio do telefone 3411 7003.
“Tenho aquele cuidado, busco ensinar de uma forma amorosa, não brigo com eles”, disse um dos cuidadores Valdir Barros
“Muitos casos que vem para a Casa Lar é por causa de agressões, infelizmente ainda existem pais que acreditam que a força bruta é uma forma de passar autoridade e precisamos desconstruir essa imagem”, informou a coordenadora da unidade, Luciana Alves