Com o tema “Mumbuca: a terra onde brota ouro", a quadrilha contará fatos sobre a região tocantinense onde floresce o capim dourado
Por Adriana Santana | Fotos: Marcos Sandes/Ascom
A terceira entrevista da série, que conta a trajetória das quadrilhas participantes do Festival São João do Cerrado, traz a história e a expectativa da junina Malacabados. A junina se apresentará neste domingo, 26, segundo dia de evento, que terá abertura a partir das 20 horas deste sábado, 25, no Eco Parque Cimba.
O grupo, que tem 21 anos de existência, levará para o público do festival fatos e curiosidades sobre a Comunidade Mumbuca, que fica no Município de Mateiros do Tocantins
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Os Malacabados surgiram da iniciativa de estudantes de um colégio da rede pública de Araguaína, que criaram o grupo para se apresentarem em escolas e igrejas da cidade. Em 2009, decidiram competir, sendo o festival de Araguaína um dos primeiros a participarem como profissionais, adotando a dança estilizada.
Retorno ao São João
Depois de dois anos com apresentações on-line, a expectativa da quadrilha é grande para voltar ao tablado e ver a presença do público. “Foram dois anos desafiadores em que tivemos que nos adaptar ao formato digital, muitos imprevistos ocorreram. Mas, passado esse momento, agora é só alegria em poder sentir a energia das pessoas nas arquibancadas, nos motivando e fazendo valer a pena a espera pelo retorno dessa festa”, destacou o presidente da Malacabados, Mayck Silva.
Este ano, a junina conta com 50 pessoas envolvidas, sendo 32 na estrutura e organização e 18 casais responsáveis pela apresentação e performance artística. Membro do grupo desde 2012, o retorno ao São João para a dançarina Gesiane Vieira tem uma mistura de alegria e ansiedade.
“Durante a pandemia tive meu primeiro filho e com toda novidade que passei a viver pensei em desistir da quadrilha da qual faço parte há 10 anos, mas com a ajuda do grupo, me ajudando com meu filho durante os ensaios, continuo firme e darei o melhor neste retorno, tendo meu pequeno como maior motivação”, disse a dançarina.
Histórico em festivais
Em 2015, a junina foi pela primeira vez campeã do Festival São João do Cerrado, no mesmo ano também levou o título de campeã do 28º Cidades Frente a Frente em Conceição do Araguaia no Pará. Em 2016, foi bicampeã do São João do Cerrado, bicampeã do 29º Cidades Frente a Frente em Conceição do Araguaia e campeã pela primeira vez nas cidades de Ourilândia do Norte e Redenção do Pará.
Em 2018, conquistou pela terceira vez o primeiro lugar do festival de Araguaína, foi também vice-campeã do 31º Cidades Frente a Frente em Conceição do Araguaia e vice-campeã na cidade de Redenção. Em 2019 foi mais uma vez vice-campeã do 32º Cidades Frente a Frente em Conceição do Araguaia.
“Com a pandemia da covid muitos membros deixaram o grupo, mesmo assim não desistimos da nossa paixão pelo São João. No ano passado, celebramos nossos 20 anos realizando diversos eventos de forma híbrida para não perdermos o ritmo dos festivais”, contou o presidente.
Programação
Dia 25 (sábado)
20h – Concurso temático das quadrilhas;
23h - Show cantor Carlone Alves;
01h – Show Forrozão Tropykália.
Dia 26 (domingo)
20h – Festival das quadrilhas juninas;
22h – Show Embalo do Forró;
00h – Show Forró Pegado e Bola da Guitarra.
Durante a pandemia tive meu primeiro filho e com toda novidade que passei a viver pensei em desistir da quadrilha, mas, com a ajuda do grupo vou seguir e dar meu melhor", disse Gesiane Vieira