Por Carine Flores | Fotos: Marcos Sandes/Ascom
Projeto é multidisciplinar e atua na preparação de médicos, enfermeiros e demais servidores para possíveis casos da doença na cidade
Profissionais da Saúde de Araguaína que atuam de forma direta ou indireta no atendimento a pacientes nas unidades participaram no último dia 17 de um circuito de palestras com o tema "monkeypox''. Projeto é realizado por meio da parceria entre a Rede de Atenção à Saúde (RAS) e HDT (Hospital de Doenças Tropicais da Universidade Federal do Tocantins).
Com público interno e externo, o circuito foi realizado em cinco salas diferentes, e abordou os seguintes temas: introdução e resumo da doença; fluxo do atendimento; notificação; uso correto de Equipamento de Proteção Individual (EPIs); e coleta do exame, que contou com a participação do Laboratório Central de Saúde Pública do Tocantins (Lacen-TO).
Conforme a gestora de pesquisas do HDT, Danielle Barros, o principal objetivo da capacitação foi apresentar aos participantes as condutas corretas no manejo da monkeypox, bem como orientar para um ambiente mais seguro dentro das unidades.
“A monkeypox é um problema mundial que já registra muitos casos no Brasil, abrindo um alerta também para a nossa região. Diante da situação emergencial, começamos elaborar um treinamento para reforçar ainda mais os cuidados e preparo dos profissionais", ressaltou a gestora.
Participação do CIEVS
Para aprimorar o estudo sobre a monkeypox e identificar possíveis emergências à saúde da população, representantes do CIEVS (Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde) também participaram da capacitação.
“O CIEVS está à frente das informações que chegam sobre monkeypox em Araguaína, e participar dessas capacitações, faz com que a gente evolua cada vez mais. Ressaltamos que já possuímos um plano de contingência contra a doença com atendimento de 24 horas para aperfeiçoar os mecanismos de detecção, monitoramento e resposta a emergências em saúde pública”, disse a médica infectologista, Katiuska Goedel.
Com uma linguagem apropriada e utilização de módulos, o projeto foi multidisciplinar e atendeu além de médicos e enfermeiros, profissionais que atuam na limpeza, recepcionistas, motoristas de ambulâncias e demais colaboradores das unidades públicas de saúde locais.
“É importante saber mais sobre essa doença para a gente se proteger e não levar para nossa casa, e também saber cuidar do ambiente de trabalho para a proteção de todos”, disse Alessandra Rodrigues, que trabalha no setor de higienização do HDT.
Sobre o hospital
O HDT-UFT é o primeiro hospital universitário federal do Estado do Tocantins, que oferta atendimentos especializados em doenças infectoparasitárias e faz parte da Rede da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) desde fevereiro de 2015. A unidade também é considerada referência em casos moderados de monkeypox para internação em Araguaína.