UBS Palmeiras do Norte será referência para pacientes com suspeita da doença na cidade
Por Adriana Santana | Foto: Marcos Sandes/Ascom
A Prefeitura de Araguaína já definiu as estratégias de atendimento a pessoas com suspeitas da monkeypox, mais conhecida como varíola dos macacos. O Plano de Contingência, que define o monitoramento, investigação e atendimento dos casos suspeitos de monkeypox, foi elaborado conforme orientações do Ministério da Saúde, que emitiu alerta diante do aumento de pessoas contaminadas pela doença no Brasil.
De acordo com a secretária Municipal da Saúde, Ana Paula Abadia, Araguaína está entre as primeiras cidades do Tocantins a definir as estratégias de atendimento. “Saímos na frente com a criação desse plano de ação, já que nossa cidade é referência em saúde da região norte e também por estar localizada às margens da BR-153 e ser rota de passagens de pessoas de várias regiões do país. Por isso, reforçamos nossa estratégia de monitoramento e estamos reforçando o atendimento no caso de suspeitos”.
O plano de contigência foi elaborado pela Secretaria Municipal da Saúde, por meio do CIEVS (Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde), Vigilância Epidemiológica do Município e do Hospital Regional de Araguaína, ISAC (Instituto Saúde e Cidadania), LACEN (Laboratório de Saúde Pública do Tocantins), HDT-UFT (Hospital de Doenças Tropicais da Universidade Federal do Tocantins) e o HDO (Hospital de Doenças Tropicais do Tocantins).
Outras reuniões e capacitações entre os representantes que compõem a Rede de Atenção Básica deverão ser realizadas para implementação do plano de atuação. O primeiro caso de contaminação pelo vírus monkeypox, no Tocantins, foi confirmado nesta segunda-feira, 25.
Casos suspeitos
Em Araguaína, pessoas com sinais ou sintomas suspeitos da monkeypox deverão procurar a UBS (Unidade Básica de Saúde) próximo a sua residência para avaliação médica, caso necessário, esse paciente deverá ser encaminhado para a Unidade Palmeiras do Norte, localizada na Rua das Carmélias, nº 1.069, no Setor Palmeiras do Norte, que será referência para os casos da doença.
Principais sinais e sintomas
Entre os principais sintomas da varíola comum e da varíola causada pelo monkeypox estão, inicialmente, sinais que se assemelham a uma gripe, como febre, dor de cabeça e no corpo, calafrios, exaustão, que podem durar em média três dias. Na fase seguinte é que aparecem as lesões na pele que evoluem em cinco estágios, conhecidos como mácula, pápulas, vesículas, pústulas e finalmente crostas, estágio final quando caem.
“Orientamos que a população fique atenta aos sinais, especialmente da pele, e que ao surgimento de lesões semelhantes a bolhas, procure a unidade mais perto de sua casa para uma avaliação. Em caso de suspeita é importante usar roupas que cubram as lesões da pele”, reforçou a secretária.
Transmissão
A varíola dos macacos é transmitida pelo monkeypox, vírus que pertence ao gênero orthopoxvirus da família poxviridae, e é considerada uma zoonose viral (o vírus é transmitido aos seres humanos a partir de animais) com sintomas muito semelhantes aos observados em pacientes com varíola, embora seja clinicamente menos grave. O período de incubação da Monkeypox é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde).
A transmissão ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama. E, segundo o órgão de saúde, a transmissão de humano para humano está ocorrendo entre pessoas em contato físico e íntimo.