Médica pós-graduada em Pediatria, Karina Assis Bringel explica que a doença é um das mais comuns de serem desenvolvidas neste período de baixa umidade e de epidemias. Sintomas iniciais dessa infecção podem ser confundidos com os da gripe
Por Giovanna Hermice | Foto: Marcos Sandes/Ascom
Em Araguaína, o tempo seco provocado pela ausência de chuvas e a baixa umidade durante esses meses de julho a setembro, chama a atenção para adoção de cuidados com a saúde. Nesse período, as crianças são mais propensas a desenvolverem doenças respiratórias, como: rinofaringite, faringite, amigdalite, sinusite, laringite e bronquiolite.
Dentre essas, a mais comum e que vem sendo um dos principais motivos de atendimentos dos pequenos no PAI (Pronto Atendimento Infantil) é a bronquiolite. A doença é uma inflamação aguda das vias aéreas mais estreitas conhecidas como bronquíolos, responsável por levar oxigênio aos pulmões. Ela é causada pelo vírus sincicial respiratório.
Segundo a médica do PAI e pós-graduada em Pediatria, Karina Assis Bringel, a bronquiolite é frequente durante epidemias e acomete principalmente os bebês. “Estamos recebendo no PAI muitos casos de bronquiolite, doença comum nesse período. No Brasil, a incidência no primeiro ano de vida ocorre em cerca de 11 a cada 100 crianças, especialmente em menores de 24 meses”.
Conforme a especialista, os sintomas iniciais da doença respiratória podem ser confundidos com os da gripe ou até mesmo de um resfriado: Tosse persistente, febre acima de 37,5º C, nariz entupido e coriza. Depois dos primeiros dois dias, a criança pode desenvolver chiado e alargamento das narinas ao respirar, aumento da irritabilidade, cansaço, respiração rápida, diminuição do apetite e dificuldade para dormir.
Como evitar
Os riscos de desenvolver doenças e infecções respiratórias podem ser reduzidos com algumas ações, como: evitar a exposição dos bebês em locais aglomerados, introdução de objetos no nariz ou boca, contato com pessoas infectadas, ambientes muito úmidos, com excesso de poeira, mofos e ácaros são propícios ao desenvolvimento de alergias que podem ser acompanhadas de uma infecção respiratória. Além disso, os pais devem manter a higienização das mãos dos filhos.
Tratamento
A bronquiolite tem cura e após o diagnóstico de um profissional, a criança pode melhorar entre três a sete dias. A atenção dos pais ou responsáveis deve estar em caso de notarem os sintomas se agravarem. “Se a criança estiver com muita dificuldade para respirar, com afundamento dos músculos da costela ou boca e dedos roxos, recomenda-se procurar rapidamente um atendimento especializado”, explica a médica pediátrica.
Pronto Atendimento Infantil
Em Araguaína, as crianças de até 11 anos moradoras da cidade e região, por meio do SUS (Sistema Único de Saúde), contam com os serviços especializados do PAI. A unidade de urgência e emergência atende 24 horas e fica no Jardim das Flores, na Rua X, onde funcionava o Hospital de Campanha.
O local possui mais de 100 profissionais, entre médicos clínicos e pediátricos, enfermeiros, assistentes sociais, farmacêuticos, nutricionistas, técnicos de enfermagem, de laboratório e de raio-x.