Prefeitura vem intensificando, desde dezembro, o combate ao mosquito Aedes aegypti para diminuir índice de infestação que atingiu alto risco de epidemia. Em 2022, só nos primeiros 10 dias, já foram notificados 179 casos da doença
Por Marcelo Martin - Foto: Marcos Sandes/Ascom
Os bairros de Araguaína estão recebendo a aplicação do fumacê para conter a proliferação do mosquito aedes aegypti, que é o transmissor da Dengue, Zika e Chikungunya. Só nos primeiros 10 dias de 2022, já foram notificados 179 casos de dengue. A estratégia faz parte da intensificação da Prefeitura em combate ao vetor, que ainda conta com visitas domiciliares dos agentes de endemias.
Alerta vermelho
De acordo com o último LIRAA (Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti), que mede o número de focos do mosquito Aedes aegypti por casa, Araguaína alcançou uma marca de 8%, um valor considerado alto, já que o índice máximo aceitável pelo Ministério da Saúde é de 1%. A porcentagem foi obtida por meio de pesquisas no último bimestre e cresceu em relação ao quarto bimestre (setembro e outubro), quando marcou 4,9%.
O ano de 2020 foi atípico devido à pandemia da covid-19, o que levou muitos moradores a evitarem os pontos de saúde para relatarem a dengue e pode ter causado uma subnotificação. Levando em consideração esse registro, 2021 terminou com número de casos quase 4 vezes maior, aumentando de 340 para 1.284 confirmados.
Intensificação do combate
A aplicação pelo fumacê foi iniciada na última quarta-feira, 12, e seguirá a programação nos períodos das 3h30 às 8 horas e das 15h30 às 20 horas. O serviço está sendo realizado com dois veículos nos bairros, que passarão por três vezes nos bairros com maior incidência da dengue.
Até o momento, 26 bairros onde moram mais de 90 mil pessoas têm programação para o fumacê: Ana Maria, Araguaína Sul, Centro, Céu Azul, Dom Orione, Jardim dos Ipês 1, Jardim Paulista, Morada do Sol 1, Noroeste, Nova Araguaína, Raizal, Cimba, Costa Esmeralda, Lago Azul 1 e 4, São João, Senador, Carajás, Maracanã, Palmas, Tocantins, Universitário, Vitória, Tiúba, Vila Azul e Vila Ribeiro.
Limpeza nas casas
Em 2021, os agentes de endemias realizaram quase 400 mil visitas domiciliares e destruíram 30 mil focos e mais 86 mil depósitos que poderiam vir a ser focos. A grande maioria, 74% dos focos, estava dentro das residências; outros 19%, em terrenos baldios; 6%, em comércios; e 1%, em outros tipos de locais.