O supervisor de equipe Antônio Marcos, de 46 anos, teve que recorrer a novos meios para conseguir executar sua função e manter os cuidados preventivos contra a doença
Por: Adriana Santana | Foto: Marcos Sandes
O trabalho é o de visitar as residências eliminando os focos onde possam existir transmissores de doenças como a dengue, calazar, orientando os moradores sobre os cuidados preventivos. Mas, como está sendo a execução dessa função em meio a uma pandemia onde a principal prevenção é evitar o contato social? Esse foi o maior desafio enfrentado pelo Antônio Marcos de Moura, 46 anos, supervisor de equipe do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Araguaína
Assim como os outros profissionais da área, Antônio teve que adequar as atividades de prevenção e controle incluindo também os cuidados para evitar a contaminação pela covi-19. “Além de tudo que já executávamos, tivemos que conhecer sobre mais essa doença e sendo ela uma novidade mundial. Vieram com isso também o reforço com os cuidados preventivos como o uso de máscaras, o álcool e ainda enfrentando a resistência de alguns moradores em nos receber em casa”.
Outras medidas de segurança
Antônio Marcos conta que enquanto em algumas casas surge a dificuldade de realizar o trabalho preventivo dos agentes, em outras a recepção é confiável, principalmente nas residências com a presença dos idosos, e por isso o agente explica que medidas mais restritivas são tomadas quando há a presença deles.
“Ao entrar na casa logo já pedimos que os moradores também utilizem máscaras e no caso do idoso que geralmente quer abraçar ou chegar mais próximo, logo orientamos a manter o distanciamento e evitar o contato físico”, explicou.
Serviço essencial
No enfrentamento à covid-19, a participação dos agentes se tornou fundamental na busca ativa por pacientes sintomáticos, na multiplicação de informações por causa do serviço de contínuas visitas domiciliares.
“O trabalho desses profissionais tem contribuído muito para que as informações sobre como proceder em casos suspeitos e positivos da doença chegue de casa em casa, afinal, os agentes têm uma relação de amizade com os moradores e isso facilita bastante”, disse o superintendente de Vigilância em Saúde do Município, Eduardo Freitas.
Motivação para continuar
Antônio destaca que, apesar dos desafios que a pandemia trouxe, existe a cada dia uma motivação maior para continuar realizando seu trabalho.
“Sair todos os dias em meio a uma doença que tem feito tantas vítimas é desafiador, mas, como profissional assumi a missão de prevenir e cuidar da saúde da população e por isso me mantenho firmo no trabalho, aumentando os meus cuidados pessoais e da minha família para seguir desempenhando meu papel”, concluiu Antônio.