Ações têm como objetivo oferecer autonomia financeira para as famílias e foram apresentadas em uma reunião do Comitê Municipal Consultivo de Assistência Emergencial
Por Giovanna Hermice | Fotos: Divulgação
O Comitê Municipal Consultivo de Assistência Emergencial, coordenado pela Secretaria da Assistência Social de Araguaína, realizou nesta quarta-feira, 27, a terceira reunião on-line para discutir as ações de acolhimento das famílias venezuelanas refugiadas em Araguaína. A reunião, que contou ainda com a presença de instituições governamentais e civis, também propôs uma audiência pública sobre as pessoas em situação de rua.
Na reunião, foi abordada a contratação pela Prefeitura de sete venezuelanos, que vão atuar na limpeza e manutenção dos parques da cidade a partir de novembro. A iniciativa tem como intuito contribuir para autonomia financeira, respeitando a cultura das famílias.
“Antes da contratação, reunimos com os Waraos, nos colocamos à disposição, pois é um estilo de vida totalmente diferente do que eles estão acostumados, então entendemos a importância de acompanhar eles nesse processo”, explicou a superintendente da Assistência Social, Suzana Salazar.
Outra ação apresentada pelo Município foi a oferta do curso de peso de porta e feltro, que faz parte do Programa Geração de Renda, com carga horária de 80 horas, previsto para iniciar no dia 4 de novembro. Ao todo, 11 mulheres refugiadas já estão inscritas nessa capacitação.
“Em uma das nossas visitas, uma das preocupações que ouvimos das mulheres era sobre a falta de uma fonte de renda e esse curso é o primeiro passo para isso, acredito que estamos caminhando bem”, afirmou o procurador do Ministério Público Federal Thales Coelho.
Dados e outras ações
Quando o comitê foi criado, em junho deste ano, eram mais de 100 refugiados vivendo no município, atualmente são 36 pessoas que foram mapeadas pela Assistência Social e estão divididas entre 16 adultos, sendo 1 idoso e 20 crianças e adolescentes. Desse total, 20 são do sexo masculino e 16, do feminino. "O número de famílias sofre alterações constantes, pois após o levantamento, foi informada a chegada de mais três famílias somando 14 pessoas", informou a superintende.
Desde a chegada do grupo refugiado, a Prefeitura fornece benefícios, como cestas básicas e verdes, itens de higiene básica, curso de capacitação, atendimento médico, vacinação e auxílio para regularização de documentação, que possibilitaram a inclusão nos programas do Governo Federal, por meio do CadÚnico.
Pessoas em situação de rua
O comitê também apresentou um levantamento de março a setembro sobre o atendimento das pessoas em situação de rua em Araguaína. Foram mais de 50 novos cadastros, 169 abordagens realizadas e 33 concessões de benefícios que envolvem desde disponibilizar passagens rodoviárias, distribuir cestas básicas e tratamentos de saúde.
A reunião foi finalizada com a sugestão da Secretaria de Assistência Social de uma audiência pública para tratar sobre o assunto. A data e a pauta do evento serão definidas por meio de uma votação do comitê.