Por Ascom | Foto: ISAC/Divulgação
O HMA (Hospital Municipal de Araguaína) realizou a centésima cirurgia cardíaca pediátrica neste mês. O procedimento atendeu a pequena Sara Alves dos Santos, de 8 meses, para corrigir uma cardiopatia congênita chamada de CIV (comunicação interventricular), uma abertura na parede que divide os ventrículos, permitindo a passagem do sangue de uma câmara para a outra, um fluxo sanguíneo que não deveria existir.
Patrícia Alves dos Santos, mãe da menina, explica que o diagnóstico foi dado assim que Sara nasceu, sendo que os primeiros 38 dias de vida da pequenina foram dentro da incubadora. Por morar em Palmas, a menina foi encaminhada para passar pela cirurgia de correção em Araguaína.
“Fizeram o encaminhamento e 12 dias depois eu fui chamada. Foi muito rápido. Agradeço a Deus por essa oportunidade. Não é nada fácil conseguir uma cirurgia dessas, ainda mais em um bebê tão pequeno”, comentou a mãe.
Dois anos de atendimentos
Até outubro de 2019, qualquer criança araguainense que necessitasse passar por uma cirurgia cardíaca precisava buscar tratamento em outro estado. Essa realidade mudou após ser realizada a primeira cirurgia cardíaca pediátrica no HMA. A cidade tornou-se referência na realização desse tipo de procedimento, beneficiando crianças de todo o Tocantins.
“Uma vez que o serviço vem sendo ofertado no HMA, a maioria dos pacientes são operados aqui mesmo, sem a necessidade de esperar uma transferência para outros estados. É gratificante ver que essa mudança de realidade permitiu que muitas vidas pudessem ser salvas”, destacou o diretor-geral das unidades ISAC em Araguaína, José Waldemar Cardoso.
Em dois anos foram realizados 101 procedimentos cardíacos pediátricos, uma média de oito por mês. A unidade é custeada pela Prefeitura de Araguaína e gerenciada pelo ISAC (Instituto Saúde e Cidadania).
Equipe multidisciplinar completa
“Foi um desafio treinar uma equipe que não tinha essa vivência na cirurgia cardíaca pediátrica, além de todo o pessoal do centro cirúrgico, todo o hospital, de forma que todos entendessem os fluxos e os andamentos do serviço”, enfatiza Márcio Brito.
A equipe especializada é composta por cirurgiões cardíacos pediátricos, perfusionistas, anestesistas, cardiologista clínico, ecocardiografia especializado em cardiopatia congênita, intensivista cardiológico, intensivistas da UTI, equipe assistencial de Enfermagem, fisioterapeuta, nutricionista, psicólogo, farmacêutico clínico, fonoaudiólogo e a equipe de Enfermagem do centro cirúrgico.