Atualmente, 15 crianças da região estão cadastradas para receber a medicação que evita hospitalizações causadas pelo vírus sincicial respiratório
Por Marcelo Martin - Foto: Marcos Sandes/Ascom
A maneira mais eficiente para prevenir uma doença é a utilização de uma medicação que evita a contaminação ou mesmo diminua os efeitos. Principalmente nos primeiros anos de vida, a imunização já provou ser indispensável contra poliomielite, sarampo, caxumba, rubéola, entre tantas outras doenças. Para melhorar ainda mais a saúde das crianças, a Prefeitura de Araguaína se tornou Polo de Administração do Palivizumabe, anticorpo que evita agravamento do vírus sincicial respiratório (VSR).
De acordo com a enfermeira municipal, Pâmella Araújo, o VSR é um dos principais causadores de infecções que acometem o sistema respiratório de prematuros e crianças menores de dois anos. “Essa doença pode ser responsável por até 75% das bronquiolites e 40% das pneumonias durante os períodos de sazonalidade. Com a medicação, nós conseguimos evitar hospitalizações e formas graves da doença”, afirmou.
Nesta quinta-feira, 28, 15 crianças receberam a imunização no Hospital Municipal Dr. Eduardo Medrado, que é referência no norte do Estado no atendimento pediátrico. Umas dessas foi Paulo Davi, de 1 ano e 9 meses, que nasceu com uma deficiência cardíaca. “A gente descobriu o problema aos seis meses. Ele já passou por uma cirurgia aqui no hospital e nós fazemos o acompanhamento no ambulatório da Prefeitura”, acrescentou a mãe Claudelane Oliveira.
Já o pequeno Bernardo, de dois meses, nasceu prematuro extremo aos sete meses de gestação e a mãe Luanna Guimarães explica que a medicação é indispensável em seu caso. “Ele teve displasia pulmonar. Nós temos o acompanhamento de um pneumopediatra no ambulatório e me sinto confiante por ter esse apoio”.
Polo regional
A administração do imunizante gratuitamente foi iniciada no ano passado. Em 2020, 25 crianças de Araguaína e região foram beneficiadas com a medicação. O novo ciclo de administração da medicação inicia no próximo dia 28 de janeiro e vai até junho, com aplicações mensais em cada beneficiário.
Público-alvo
Lactentes com menos de seis meses de idade, principalmente prematuros, crianças com doença pulmonar crônica da prematuridade e cardiopatas são a população de maior risco para desenvolver infecção respiratória mais grave, necessitando de internação por desconforto respiratório agudo em 10% a 15% dos casos.
“Não há contraindicação. Os prematuros são encaminhados pela Maternidade Dom Orione ou por pneumologistas. Das 25 crianças, algumas já não precisam mais da medicação e atualmente temos 15 cadastradas, mas esse número deve crescer com o início da aplicação, que antes era feita somente em Palmas”, explicou Pâmella.
Bernardo, de dois meses, nasceu prematuro extremo aos sete meses de gestação e a mãe Luanna Guimarães explica que a medicação é indispensável em seu caso