Ações fazem parte do projeto Lago Vivo, que está reintroduzindo mais de 200 mil peixes de espécies nativas extintas e revitalizando o local
Por Marcelo Martin - Foto: Marcos Sandes/Ascom
Os mais de 20 mil alevinos soltos no Lago Azul, em agosto e outubro, tiveram o primeiro monitoramento na última quarta-feira, 29. A ação avalia a reintrodução das espécies nativas que estavam extintas no Rio Lontra, por meio do projeto Lago Vivo, com soltura de 200 mil peixes. A Prefeitura de Araguaína também regulamentou a pesca esportiva no local, com regras e documento gratuito disponíveis no site http://pesca.araguaina.to.gov.br/.
De acordo com o biólogo municipal Aníbal Souza Neto, o monitoramento será realizado bimestralmente usando a biometria. “Nós medimos o comprimento e estimamos o peso para analisar o crescimento dos alevinos de caranha, piau e pintado que foram soltos. A média encontrada está dentro dos padrões”, explicou. A ação apontou ainda que a reintrodução realizada não afeitou o desenvolvimento dos peixes já existentes no lago.
Mais lazer para todos
“Além de democratizar o acesso ao local pela Via Lago, a Prefeitura está proporcionando o lazer na região, com a construção da Praia e ainda disponibilizando a carteirinha que autoriza a pesca esportiva”, pontou o secretário executivo do Meio Ambiente, Helter Dantas. O documento é gratuito. Para se registrar, basta acessar o site municipal e clicar no banner Lago Vivo. Após gerar a carteirinha, é preciso imprimir e portar junto a um documento oficial com foto.
O que é permitido?
O morador pode se divertir usando anzol, chumbada, linha, vara ou caniço, molinete, carretilha ou similar, iscas artificiais e naturais, sendo obrigatória a prática do pesque e solte. Nesse caso, é permitido a pesca mesmo durante o período de reprodução dos peixes, a piracema, em vigor desde 1º de novembro de 2019 e vai até 29 de fevereiro de 2020.
É crime
Decreto número 161/2019 proíbe a pesca no lago com exceção da pesca esportiva. Já a pesca predatória é crime; está proibido usar armadilha tipo tapagem, cercado, anzol de galho ou qualquer aparelho fixo; equipamentos de mergulho, elétrico, sonoro ou luminoso, sonar; fisga gancho e garateia de lambada; arpão, covo e espinhel; tarrafa ou rede de arrasto de qualquer natureza; substâncias tóxicas ou explosivas; qualquer outro aparelho de malha; e colher ou garateia, utilizadas com embarcações motorizadas em movimento.
Quem pratica o crime está sujeito a multa de R$ 300 a R$ 10.000, com acréscimo de R$ 20 por quilo do produto da pesca, e ainda à suspensão da licença, apreensão do material de pesca e do pescado, bem como às demais penalidades previstas em lei.
Um bem histórico
O Lago Azul, que tem seus limites demarcados da barragem até a foz do Córrego Jacuba, foi formado na década de 1970 com a construção da Central Hidrelétrica (PCH) do Corujão, com 12 quilômetros de extensão. Após o fechamento das comportas, os peixes que subiam o Rio Lontra para desova, no período da piracema, foram impedidos e as espécies que ficaram no lago foram extintas devido à pesca predatória por quase 50 anos.
O monitoramento será realizado bimestralmente usando a biometria