Mariana Miranda Borges explica que professores e alunos precisarão de tempo e acolhimento quando retornarem para a educação presencial
Por Marcelo Martin - Foto: Divulgação
A 1ª live da Campanha Setembro Amarelo, realizada pela Rede de Atenção Psicossocial de Araguaína (RAPS), no último dia 17, apontou para os desafios no retorno às aulas presenciais. A campanha é voltada ao combate ao suicídio e divulgação para população sobre a existência desse problema. As transmissões podem ser assistidas no canal da Secretaria Municipal da Educação no Youtube, ao vivo ou mesmo depois de finalizadas.
De acordo com a professora e psicóloga Mariana Miranda Borges, que foi uma das palestrantes, será necessário pensar nas construções de diálogo pela vida, ouvindo as crianças e também os servidores. “Vão ter pessoas que terão perdido um avô ou alguém próximo e não tiveram espaço para falar sobre isso durante o isolamento. Será preciso tratar essas pessoas como sujeitos e não somente como um objeto de nossas relações”, afirmou.
Essa saúde mental na Educação, segundo Mariana, será imprescindível para a recuperação de um país em que falou alimentação, sentiu o crescimento do desemprego e também da violência doméstica. “A educação é extremamente importante porque é um local que vai superar a crise econômica, a médio e longo prazo. É onde se pensa como o País vai lidar com as novas dificuldades”, alertou.
Outros temas também serão abordados, como os benefícios da educação física para a saúde mental, apresentado pelo doutor em Ciências do Movimento Humano pela Universidade Metodista de Piracicaba, Hugo Martins Teixeira. As transmissões serão feitas pelo canal da Secretaria Municipal da Educação e abertas à toda a população.
As lives podem ser acessadas pelo link https://www.youtube.com/channel/UCL5enDnHMmHQxRvxKrgGJCw
Setembro Amarelo
A campanha nacional Setembro Amarelo visa a conscientização, a desmistificação e prevenção do suicídio. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada 40 segundos, uma pessoa morre por suicídio no mundo.
No Brasil, os casos passam de 12 mil, mas sabe-se que esse número é bem maior devido à subnotificação, que ainda é uma realidade. Desse total, cerca de 96,8% estão relacionados a transtornos mentais, como por exemplo, depressão e transtorno bipolar.
Nova programação
Dia 22 (terça-feira)
9h às 11h - Palestras “Sofrimento emocional de professores em tempos de pandemia”, pela psicóloga Ana Letícia Guedes Pereira, e “Benefícios da educação física para a saúde mental”, pelo dr. em Ciências do Movimento Humano, Hugo Martins Teixeira.
Dia 23 (quarta-feira)
9h às 10 – Palestra “Manejo de conduta de suicídio”, pela Médica, especialista em psiquiatria, Luciana Sant’Ana.
Dia 28 (segunda-feira)
9h às 11h – Palestras “Os efeitos da posvenção no ambiente de trabalho”, pela psicóloga Katia Nemeth, e “Tudo bem não ser normal”, pelo psicólogo Adriano Rodrigues Mansanera.