Prefeito de Araguaína contou sobre o trabalho realizado pelo Município e respondeu perguntas de jornalistas quanto às medidas tomadas
Por Marcelo Martin - Foto: Divulgação
O prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas, realizou um pronunciamento remoto para explicar o trabalho da Prefeitura em várias áreas, como saúde, assistência social e fiscalização, e também esclarecer sobre o decreto restritivo do Município. A declaração transmitida pelo Facebook foi acompanhada simultaneamente por mais de mil pessoas, entre as quais estavam jornalistas que puderam fazer perguntas.
Desde o início da pandemia no Estado, há 60 dias, várias ações foram tomadas pela Prefeitura em combate à covid-19. Dimas explicou que, mesmo sendo obrigação do Estado o tratamento de alta complexidade, uma das conquistas municipais por meio das reuniões com entidades foi o incentivo para instalação de leitos exclusivos para tratamento de pacientes com a doença.
“Saímos de 0 para 67 leitos na cidade, sendo 29 leitos de unidade de terapia intensiva (UTI)”, afirmou. O número ainda contará com nova Unidade Corona Norte, que terá inicialmente 15 leitos. Além desses, o Municício administra diretamente 11 leitos, sendo quatro UTI, na Unidade de Pronto de Atendimento (UPA) e no Hospital Municipal de Araguaína (HMA)
“Nossa meta é ter, para atendimento aos casos mais graves, 110 leitos, sendo 55 UTI. Se necessário, já temos definido local para implantação de hospital de campanha. Somos a única cidade do Tocantins que implantou leitos hospitalares para atendimento exclusivo à pandemia”, completou Dimas.
A primeira
Araguaína foi a primeira do Estado a adquirir os testes rápidos na Região Norte e está produzindo o próprio swab para ajudar desafogar a demanda do Laboratório Central de Saúde Pública do Tocantins (Lacen-TO). Também foi a primeira do País a tornar obrigatório o uso de máscaras em locais públicos e a suspender a venda de bebidas alcoólicas para evitar festas.
A mais de um mês vem realizando a desinfecção de locais públicos para evitar a transmissão comunitária, como unidades básicas saúde e pontos de ônibus. Também estruturou uma força tarefa com fiscais de várias secretarias municipais em parceria com as policias e Corpo Bombeiros. Também junto com a Policia Rodoviária Federal (PRF) realizou o primeiro mutirão de testagem em caminheiros que atravessam a BR-153, estimulando a ação em todo o Estado.
Assistência e gratificação
Além disso, está doando inicialmente 20 mil cestas básicas aos moradores que necessitam e leite sem lactose aos alunos carentes que ficaram sem o alimento com a suspensão das aulas. E ainda concedeu bonificação aos servidores municipais que estão na linha de frente contra covid-19, como médicos, assistentes sociais, motoristas, enfermeiros, entre outros.
Volta às aulas
O prefeito anunciou que já está preparando a volta às aulas após uma pesquisa feita com cada aluno da Rede Municipal de Ensino. “31% dos alunos moram com pessoas que têm comorbidades e idosos. Vamos retomar, mas não de uma vez. Já temos atividades não-presencias já programadas que vão iniciar no máximo até o mês que vem”, afirmou o prefeito.
Mais teste
O prefeito também explicou porque os testes em parceria com a Universidade Federal do Tocantins ainda não foram realizados e informou que comprou os insumos. “O reitor me informou que equipamentos devem estar chegando do Governo Federal até o final do mês, mas a gente já poderia ter o resultado se não fosse essa interferência da Secretaria Estadual da Saúde”, afirmou.
Araguaína é proporcionalmente a cidade que mais testou no Estado. “Não tem nada sendo varrido para de baixo do tapete. Nossa região tem muitos casos positivos e estão mostrando a todos, porque eram pressionados pela doença ao Sul e agora ao Norte. Araguaína é capital econômica do Estado porque tem grande movimentação. No raio de 300 quilômetros, temos três milhões de habitantes”, explicou Ronaldo Dimas.
Cumprimento do decreto
Desde o primeiro decreto com medidas restritivas que foi publicado pela Prefeitura de Araguaína já constava que o Município adotaria automaticamente os decretos estaduais e federais, desde que não conflitantes. “Se a gente adotasse o decreto estadual na integra, significa que poderiam abrir bar e restaurante, e vender bebida alcoólica, mas o nosso decreto já avançou muito quanto a isso”, descreveu o prefeito.
Nessas situações em que os decretos são distintos, deve-se adotar o trecho em que a medida for mais restritiva. “O nosso permitia o comércio on-line, mas do Estado não pode, então tá suprimido”, detalhou Dimas.