Fiscais da Prefeitura estão percorrendo as ruas e locais com maior fluxo do Município para orientar e fiscalizar cumprimento das medidas obrigatórias. Último caso confirmado para covid-19 foi há 13 dias
Por Marcelo Martin - Foto: Marcos Sandes/Ascom
Os fiscais da Prefeitura estão percorrendo todas as ruas de Araguaína para orientar e fiscalizar o cumprimento dos decretos municipais, principalmente no comércio. Nesta segunda-feira, 20, a atuação de 40 servidores municipais foi nos locais de maior fluxo de pessoas, como na Avenida Cônego João Lima, praças da Nações e das Bandeiras, Shopping Popular e Mercado Público Municipal.
Os moradores de Araguaína estão dando exemplo ao Brasil com uso de máscaras em ambientes públicos. Desde o dia 13 de março, a Prefeitura vem criando a adaptando medidas para diminuir o contágio do coronavírus covid-19, sendo a primeira do País a tornar obrigatório a proteção respiratória, por meio do Decreto Municipal nº 217/20, de 6 de abril. O resultado do enfrentamento, até o momento, é desaceleração da doença no Município, que não registra um caso confirmado há 13 dias.
“A gente fica muito feliz de ver que o trabalho está dando resultado. Estamos encontrando pouquíssimas pessoas sem máscara”, afirmou a fiscal sanitária Marli Melo. Quem foi flagrado sem o item foi apenas orientado a usar e ainda ganhou da equipe uma unidade. “Eu sempre uso no trabalho, vim no centro justamente para comprar uma”, explicou a auxiliar de produção, Ana Paula Lima, 36 anos.
O uso obrigatório da máscara é espelhado de grandes centros mundiais que objetivaram sucesso com a medida, como Hong-Kong. Com o uso em massa de máscaras, rigor higiênico e distanciamento social é possível manter a doença sob controle para flexibilizar a abertura do comércio, mantendo assim a renda dos trabalhadores.
Nas ruas
Parte do trabalho de orientação dos fiscais é sobre a organização de filas no comércio e nos bancos. A refiladeira Maria José Borges, 40 anos, recebeu o conselho para manter o distanciamento e é um dos bons exemplos encontrados nas ruas de Araguaína. “Minha família já estava usando antes mesmo de ser obrigatório porque eu já uso no frigorifico, não porque a gente mexe com alimento, mas também porque muita gente gripa, lá. Então, essa é uma atitude correta”.
Alguns comércios marcaram no chão da calçada o espaçamento que em cada cliente deve aguardar a vez e onde não é encontrado a marcação o ideal é usar a distância de dois passos entre cada pessoa da fila.
Exemplo no comércio
O estabelecimento em que Natânia Costa trabalha instalou um lavatório na porta da loja, com água, sabão e álcool para assepsia das mãos. “Não é só para clientes, não, tudo mundo que passa aqui pode usar. A região tem muito movimento e a gente ajuda como pode, sempre pedindo para lavar as mãos e usar a máscara”, falou.
Disponível para todos
Para tornar a máscara disponível a todos, a Secretaria da Assistência Social está distribuindo 20 mil máscaras, a Reciclarte já ensinou como fazer a proteção usando apenas camiseta e meia e o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) demonstrou como usar corretamente o item para ter eficiência. Ainda assim, quem preferir pode encontrar o item para comprar em vários locais.
A lojista Jaciene Souza, que tem um ponto no Shopping Popular, contou que já vendeu 20 máscaras. “Minha tia está de férias e produziu algumas de pano. Só de anunciar nas minhas redes sociais, eu já vendi quase tudo, só sobrou uma. Mas aqui todo mundo está vendendo”. O preço médio, segundo a vendedora, é de R$ 5.
Fiscalização integrada
A fiscalização está sendo feita conjuntamente pela Vigilância Epidemiológica, Fiscalização Ambiental, Fiscalização de Posturas, Fiscalização Sanitária, Fiscalização Fazendária e Agência de Segurança, Transporte e Trânsito, com apoio das Polícias Militar, Civil e Ambiental e Corpo de Bombeiros. As denúncias devem ser feitas peles telefones 190; 9.9949-5394; 3411-5640 e 3411-5639 em horário comercial; por mensagem via Whatsapp 9.9972-6133; ou e-mail demupe@araguaina.to.gov.br.
Primeiro a orientação
Até o momento nenhuma multa por descumprimento do uso de máscara foi aplicada. “Nossa intenção é orientar e multar só em caso de resistência”, afirmou o diretor do Departamento de Posturas e Edificações (Demupe), Nicásio Rodriguez.
A multa para quem não usa máscara é de R$ 50, sendo R$ 100 por reincidência e no terceiro flagrante a pessoa responderá por crime contra ordem e saúde pública. A receita oriunda de eventuais multas será destinada à aquisição de equipamentos e insumos para o combate à pandemia.
Quem foi flagrado sem o item foi apenas orientado a usar e ainda ganhou da equipe uma unidade
O estabelecimento em que Natânia Costa trabalha instalou um lavatório na porta da loja, com água, sabão e álcool para assepsia das mãos