4° Encontro de Capacitação do Selo UNICEF teve início ontem e segue até esta sexta-feira, 10; representantes de 13 municípios da região participam do encontro
Por Mara Santos | Foto: Marcos Sandes
Araguaína sedia o 4° Ciclo de Capacitação do Selo UNICEF. O encontro teve início ontem, 9, e segue até esta sexta-feira, das 8 às 18 horas. Além de consultores internacionais do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef/ONU), participam do evento representantes de 13 municípios da região norte do Tocantins.
Entre os temas discutidos estão a promoção da igualdade racial, integração do atendimento de crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violências, atendimento socioeducativo e ações multissetoriais de proteção ao direito à vida de adolescentes.
“Desde 2017 até o momento, realizamos três ciclos de capacitações, abordando diferentes assuntos como vacinação, alimentação, saneamento básico, amamentação, campanha de prevenção à zika e dengue. Temos conseguido desenvolver as políticas voltadas para a infância de maneira intersetorial”, comentou o articulador do UNICEF em Araguaína, Jhenmerson Rodrigues.
Thyago Freitas é mobilizador do Núcleo de Cidadania do Adolescente (NUCA) em Wanderlândia, para ele, as capacitações são oportunidades de agregar conhecimentos que serão compartilhados com seu grupo. “Tudo o que é debatido durante o encontro irá direcionar nossas ações junto às crianças e adolescentes da nossa cidade”.
Objetivos
“Nosso propósito é conseguir mais adesão das pessoas para fazer um olhar diferente e ressignificar a atuação”, afirmou Lídia Lira, especialista em Proteção da ONU.
Lídia afirma ainda que a expectativa é transversalizar a proteção social para todas as políticas sociais, por meio de objetivos estratégicos. “Não é só a Educação que produz educação, ela é produzida também pela família, pela Assistência social, pela Saúde; não é só a Saúde que produz saúde, ela também é produzida a partir do momento em que a gente desfaz preconceitos e trabalha o enfrentamento das doenças sociais, como a discriminação, a violência sexual e várias outras”.
“A gente espera o fortalecimento tanto na relação da proteção como na relação com a Educação, para que possamos levar a uma melhoria na vida de crianças e adolescentes”, Angelo Damas, oficial de Educação da ONU.
Acompanhamento das ações
Ao final de cada ciclo, os municípios devem executar as ações estabelecidas, que são monitoradas pelos consultores. “Os municípios postam documentos numa plataforma online, na sala de aula do Google que foi revestida para o trabalho do UNICEF e, a partir disso, a gente faz a avaliação se essas ações estão sendo implementadas ou não”, comentou Ângelo Damas.
“Ao final do processo, os municípios que, de acordo com o nosso sistema, alcançaram todas as ações de validação, recebem um acompanhamento mais próximo dos nossos oficiais de monitoramento para saber se de fato o que foi postado na plataforma condiz com a realidade e a gente tem evidência desse trabalho desenvolvido”, finalizou Damas.