Mais informações sobre o Programa de Sustentabilidade e Agronegócio de Araguaína e Região (Proagrara) serão disponibilizadas no estande da Prefeitura na 50ª Expoara
Os pequenos agropecuaristas de Araguaína e região são grandes produtores de alimentos. Só pelo Programa Compra Direta, em 2017 foram mais de 234 mil quilos de alimentos adquiridos, injetando mais de R$ 734 mil na economia local. Para fomentar essa importante parcela da atividade rural e visando também a preservação do meio ambiente, a Prefeitura criou o Programa de Sustentabilidade e Agronegócio de Araguaína e Região (Proagrara).
Desenvolvido por meio da diretoria de Agricultura da Secretaria de Desenvolvimento e Meio Ambiente, o Proagrara tem o objetivo de levar assistência técnica às comunidades locais, para aperfeiçoar e fomentar produções de curto, médio e longo prazo, tanto na agriculta quanto na pecuária. O programa já foi iniciado em algumas comunidades e será apresentado para mais produtores durante a 50ª Exposição Agropecuária de Araguaína (Expoara), de 7 a 17 junho.
“Temos o Microempreendedor Individual (MEI), Compra Direta, um novo laticínio, profissionais adequados e outras ferramentas que serão anunciadas em breve. Essa é a nossa marca, Araguaína é a capital econômica do Estado”, diz o secretário Ângelo Crema Marzola Júnior.
O programa tem parceria com Instituto de Desenvolvimento Rural Estado do Tocantins (Ruraltins), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI).
O programa
De acordo com o diretor municipal de Agricultura, Mário Vitória, logo na fase inicial, o projeto atenderá a 15 comunidades de Araguaína, fomentando polos. “Estamos identificando os agricultores que realmente interessados em produzir. Há comunidades que têm até 90 famílias e escolheremos duas ou três de cada comunidade para servir de exemplo. O projeto crescerá naturalmente, conforme os resultados”.
O intuito é potencializar alguns tipos produção vegetal e animal em uma região, para que a comunidade tenha poder de comercialização. “Não adianta colher 10 sacos da melhor produção, independente da cultura. Tem que colher de 100 para mais, fica mais fácil a comunidade negociar com o comprador e até mesmo escoar a produção”, explica o diretor.
Orientações
O programa orientará os produtores quanto aos produtos mais rentáveis, levando em consideração a qualidade da terra, consumo de água, clima e outras variáveis. Planejando culturas de curto prazo para rentabilidade mensal, médio prazo para ganhos maiores no período de cinco meses a 1 ano, e longo prazo já pensando na poupança, com período de até 8 anos para retorno do investimento.
“Vamos dar as opções e são os agricultores que vão escolher o que produzir. Hoje, por exemplo, há muita produção de leite na região, mas quase nenhum produtor tem o Selo de Inspeção Municipal (SIM) para produzir e vender o queijo. Isso agrega valor ao produto. É aí que vamos assessorar. Também orientar para culturas de médio prazo, como abacaxi, mandioca, produtos da nossa terra. E outros, a longo prazo, como café, cacau, seringueira, pimenta do reino e até laranja”.
Outra opção apresentada, que já teve seu início na comunidade rural Projeto Alegre, é construção de tanques para cultura de peixes. A intenção é uma parceria com os agropecuaristas, na qual o município entra com o maquinário e mão de obra, e o produtor com o combustível e alimentação dos operadores das máquinas.
“Dois produtores já receberam tanques no Projeto Alegre, um de 12x30 metros e outro de 12x15 metros. Com a demanda, o próprio produtor vai investir para criar um tanque maior. Mas para o começo é o ideal, o menor para alevinos e, quando chegar aos quatro meses, passa os peixes para o tanque maior”.