Tecnologia aplicada em locais onde tem umidade evita que o asfalto afunde; base já foi usada pela Prefeitura em obras de mais de seis bairros da cidade
Por Thatiane Cunha | Foto: Ascom
Quando a pessoa passa em uma rua pavimentada e observa que tem locais que afundaram, mesmo com asfalto novo, isso pode significar que a base não foi a ideal. É o que explica o engenheiro civil Jairo Cordeiro, da Secretaria da Infraestrutura de Araguaína. Para evitar que isso aconteça, uma tecnologia usada desde 2013 em obras realizadas pela Prefeitura nas ruas da cidade é o solo-cimento.
A base de asfalto já foi aplicada pelas equipes do Município em mais de seis bairros: Planalto, Bela Vista, Araguaína Sul, Centro, Martins Jorge e São Miguel, entre outros. De acordo com o engenheiro, o uso de solo-cimento é mais vantajoso que a utilização de pedra brita. Nesse segundo caso, as águas de chuva têm mais facilidade para penetrar no solo e amolecer a base, fazendo o asfalto afundar.
“O solo-cimento é ideal para enrijecer a sua base, quando você vai executar uma compactação de um material que é somente argila e tem umidade ou o lençol freático está alto”, explicou Cordeiro.
Solo-cimento na prática
A pavimentação da Rua Santa Maria, no Setor São Miguel, entrou na fase de implantação da massa asfáltica desde a última segunda-feira, 19. A rua recebe o asfalto em toda a sua extensão. Na semana passada, foi iniciada a preparação da base que está sendo feita com solo-cimento.
Na Rua Santa Maria foi usada a proporção de 6 a 7% de cimento na base do solo. “O laboratório de solos faz a análise para ver a proporção de cimento, faz o ensaio e vê a necessidade de adição de cimento”, esclareceu o engenheiro.
Outro local onde foi usada a tecnologia foi no Lago do Eco Parque Cimba. As paredes do aterro lateral receberam solo-cimento devido à umidade do terreno.
Obras públicas de qualidade
A preocupação da Prefeitura é em realizar obras de qualidade. Já foram implantados 7.205 metros quadrados de solo-cimento em serviços. A tecnologia é usada em duas situações: quando não há a possibilidade de baixar o lençol freático e fazer a base normal ou há necessidade de rapidez na obra em períodos chuvosos, quando é mais indicado usar o solo-cimento.
O solo-cimento também é usado em buracos profundos nas ruas. “Em um buraco de 15 a 30 centímetros é aplicada a mistura e faz a compactação. Ela reage com a umidade e vai virar um pavimento semirrígido”, disse o engenheiro.
Outras tecnologias
Desde 2013, a Prefeitura vem utilizando mais tecnologias para a realização de obras de qualidade. A pavimentação de ruas utilizando o Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ), cujo processo não necessita de um período longo de secagem e a durabilidade é de até 10 anos é uma delas.
Outra tecnologia é a máquina recicladora de asfalto. Ela permite que as obras de recuperação de ruas continuem mesmo no período chuvoso. A recicladora reutiliza o asfalto velho retirado, trazendo economia e praticidade na recuperação de vias onde é inviável a recuperação da base.
Já o concreto armado com malha de aço é outra tecnologia implantada pela Prefeitura nas ruas. Ela substitui a pavimentação em locais em que não resistiria ao fluxo de água das chuvas.