A iniciativa dos assistidos, apoiada pela Prefeitura, terá venda itinerante de artesanato; parte da renda obtida fica com os pacientes e o restante garante a sustentabilidade do projeto
Por: Gláucia Mendes - Foto: Marcos Filho Sandes
Pacientes do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas (CAPS/AD) iniciaram, na última sexta-feira, 13, a venda de artesanatos produzidos por meio do programa individual de geração de renda e emprego (PINGE). Confeccionados pelos próprios usuários do Centro, a banca com os produtos será itinerante e esteve na última sexta-feira, 13, no Mercado Municipal.
“Começamos um trabalho de formação, primeiro foram realizados pequenos trabalhos, confecção de artesanato com os pacientes. Em seguida, tivemos um curso de confecção de tapetes. Após a conclusão, eles receberam certificados e criaram um grupo Ateliêarte, eles próprios se organizaram, tanto na produção como na venda”, explicou o farmacêutico do CAPS/AD, Higo Saraiva.
O farmacêutico destacou que a exposição sempre será em espaços públicos, de forma itinerante. “Hoje expusemos apenas tapetes, mas outros tipos de artesanato serão confeccionados para as próximas exposições. O retorno financeiro será dividido, parte para a manutenção do programa, com a compra de material, linhas, agulhas, tecidos e parte para os próprios pacientes. Além disso, a palavra dignidade é o símbolo escolhido, visto que esse trabalho é de reinserção dos pacientes, com dignidade, na sociedade”.
Terapia
Hilthon Passos da Silva, de 20 anos, contou que era usuário de cocaína, álcool e maconha desde os 13 anos de idade. “Estou sendo acompanhado pelo CAPS/AD há dois meses e é fantástica essa nova oportunidade que eu estou vivendo, Deus tem me abençoado colocado estas pessoas na minha vida”, disse.
Sobre a confecção de tapetes, Silva destaca. “Ocupa a mente e mata nossa ansiedade. A gente parado fica muito ansioso, estamos em busca de mudanças, para permanecer sem os vícios, precisamos de um trabalho para ocupar a mente”.
Além da Prefeitura, por meio das secretarias da Saúde, da Assistência Social, Trabalho e Habitação e da Fundação de Atividade Municipal Comunitária (Funamc) o projeto conta com o apoio de faculdades e de alguns empresários, com doações de tecidos para a confecção de tapetes.