Chacareiro foi autuado na sexta-feira, 31, e responderá criminalmente pelo incêndio; comunidade pode colaborar com os fiscais, fazendo denúncias pelos telefones 999767337 e 999947878
Por Marcelo Martin - Foto: Orialle Barbosa
Na última sexta-feira, 31 de agosto, fiscais da Secretaria Municipal do Meio Ambiente identificaram uma queimada em uma chácara nas proximidades do Bairro de Fátima. Ao chegar ao local, o proprietário da área admitiu ter ateado fogo em um monte de galhadas, folhas e resíduos, e as chamas acabaram se alastrando pelo pasto. A Polícia Militar Ambiental foi acionada e o homem foi preso em flagrante. Ele foi autuado e responderá criminalmente pelo incêndio.
De acordo com o diretor municipal de Fiscalização e Licenciamento Ambiental, Orialle Barbosa, atear fogo em área urbana ou rural é um crime ambiental. “Mesmo as queimadas controladas estão proibidas nesta época do ano. O tempo está seco, com calor extremo e os ventos também contribuem muito para o alastramento. Esse incêndio queimou uma Área de Preservação Permanente (APP), e com sorte, não chegou às terras dos vizinhos”.
Segundo registros do Corpo de Bombeiros, o Município teve redução no número de queimadas em relação ao ano passado. De janeiro a agosto, foram 246 casos em 2017, enquanto no mesmo período de 2018 foram registrados 156 casos. Agosto foi o mês de maior queda, passando de 99 para 37 casos. O mês de julho foi único com aumento, de 54 para 72 casos.
A comunidade pode ajudar o trabalho dos fiscais por meio de denúncias, que podem ser feitas pelos telefones 99976-7337 e 99994-7878.
Protocolo do Fogo
A Prefeitura de Araguaína aderiu, em 2017, ao programa Protocolo do Fogo, que tem como objetivo o compromisso voluntário da sociedade local em debater problemas relacionados ao uso do fogo e seus efeitos ao meio ambiente. O Município dispõe de sete fiscais ambientais realizando monitoramento nas zonas urbana e rural, além de disponibilizar sete brigadistas que ficam à disposição do Corpo de Bombeiros para auxiliar no combate a incêndios.
Desenvolvido em conjunto com órgãos ambientais e a sociedade civil organizada, o Protocolo do Fogo atua tanto na parte de prevenção como também no combate direto aos focos de incêndio na zona urbana e rural. Pretendendo evitar, por exemplo, incêndios como o que ocorreu no município de Carmolândia, em setembro do ano passado.
O fogo queimou 19.958,4 hectares, dos quais 2.040,08 ha estão localizados em área de reserva legal e 1.280,44 ha em Área de Preservação Permanente (APP). Também matou mais de mil animais, entre silvestres e bovinos, e um funcionário rural que morreu em decorrência das queimaduras que sofreu tentando apagar o fogo.