A Rede Municipal de Ensino conta atualmente com 250 auxiliares, dando assistência a 586 alunos com algum grau de deficiência
Por Flávio Martin - Foto: Leila Mel
A Prefeitura de Araguaína, por meio da Secretaria Municipal da Educação, realizou na última quarta-feira, 29, um encontro de Formação Continuada com 250 auxiliares de alunos com deficiência ou transtornos globais. O objetivo do evento foi discutir estratégias de aprimoramento do trabalho desenvolvido em sala de aula, envolvendo as áreas de atenção multiprofissional.
Atualmente, a Rede Municipal de Ensino atende a 586 alunos com algum grau de deficiência. Para compreender e dar atenção efetiva aos diversos tipos de privação, os auxiliares passam por treinamento frequentemente com profissionais da saúde, como técnicos da Clínica-Escola Mundo Autista, ortodontistas, enfermeiros, psicólogos, especialistas em educação para pessoas com deficiência visual, entre outros.
Segundo a diretora de Ensino Especial da Secretaria Municipal de Educação, Ana Paula Oliveira, o aluno é acompanhado não pelo grau de deficiência, mas pela falta de funcionalidade que apresenta. “O cuidador precisa entender as necessidades do aluno que, muitas vezes, não consegue se expressar. São alunos que dependem de atenção especial, alguns até para higienização e para se alimentar”.
A Educação Municipal possuiu uma diretoria de Formação Continuada para manter os auxiliares sempre atualizados. “Nosso trabalho é uma política pública consolidada e está no calendário escolar. É preciso fazer com que todos estejam aptos para trabalhar com segurança”, afirmou a titular da diretoria, Marcinete Duarte. A capacitação multiprofissional é realizada duas vezes ao ano. Os cuidadores ainda recebem orientações oito vezes por ano dentro das unidades escolares.
Atenção especial
Cristini Medeiros Amorim, 32 anos, é assistente na Escola Municipal Santa Luzia, no setor de mesmo nome, há dois anos. Ela já auxiliou três alunos, dois deles continuam sob seus cuidados, ambos com autismo moderados aos oito anos, um estuda no período da manhã e outro à tarde.
“Eles têm dificuldade para se comunicar, principalmente quando ficam sem os medicamentos. Como são remédios muito caros, é comum, por vezes, não tomarem. Principalmente nestes momentos, é preciso ter uma intimidade e, junto com as técnicas, ajudá-los”, comentou.