Mais de 100 crianças e adolescentes são beneficiados pelas aulas de karatê gratuito nos três CRAS da cidade; campeonatos estão previstos para os meses de maio e junho
Por Flávio Martin - Foto: Marcos Filho Sandes/Ascom
Crianças e adolescentes que treinam karatê nos três Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) de Araguaína participaram, na última quinta-feira, 26, do primeiro treinamento geral de base para competições que serão realizadas durante o ano. O treinamento, no CRAS 2, no setor Araguaína Sul, contou com a participação de mais de 20 caratecas.
A demonstração contou com a presença dos pais, colaboradores da Secretaria de Assistência Social e do diretor técnico da Federação de Artes Marciais do Tocantins, shihan Edimar de Oliveira, o Mazinho.
De acordo com a diretora de Proteção Social Básica, Eidila Mesquita, o treinamento é para que eles participem de competições previstas para os meses de maio e junho, junto com alunos da Secretaria Municipal de Educação Cultura, Esporte e Lazer. “Temos mais de 100 alunos matriculados no Karatê. O projeto diminui a vulnerabilidade, valoriza o esporte e a vida”.
Desenvolvimento físico e mental
A dona de casa Roselea Maria dos Santos Martins, 43 anos, matriculou o filho Victor Miguel, 13 anos, há cerca de um mês. Ela diz que o esporte é um sonho de infância que não conseguiu realizar e, hoje, tem a oportunidade de ver o filho se desenvolvendo. “Ele não me deixa esquecer um treino, sempre me lembrando para não perder a hora. Mas eu não esqueceria. Eu vejo ele ocupando a mente e aprendendo como se defender, em um ambiente com boas pessoas”.
A arte marcial é considerada de contato leve, mais como um xadrez humano. Motivo pelo qual Hellayne da Silva Oliveira, 14 anos, treina há três meses e diz querer a faixa preta. “É uma luta de mão vazias, trabalha mais o psicológico. Eu gostei muito e indico para todas as minhas amigas”.
Na chegada do shihan Mazinho todos os caratecas se viraram para ele e o saudaram com “oss”, um cumprimento de cortesia com os mestres e adversários. Para ele, essa filosofia de respeito é o mais importante do Karatê. “Nós, caratecas, repetimos esses atos durante todo o treinamento. Mas só vamos entender mesmo a arte depois que conquistamos a faixa preta. Parece até que começamos do zero após a faixa preta. É um processo lento de interiorização”.
De acordo com os organizadores, a prática do karatê pelos usuários atendidos nos CRAS contribui para o desenvolvimento físico e emocional de crianças e adolescentes, potencializando um ambiente social próprio, estimulando o desenvolvimento motor, cognitivo, concentração, criatividade e construção de atitudes de cooperação, lealdade e participação solidária.
A arte marcial é considerada de contato leve, mais como um xadrez humano. Motivo pelo qual Hellayne da Silva Oliveira, 14 anos, treina há três meses, divulga para as amigas e busca a faixa preta