Evento reuniu representantes dos doze municípios total ou parcialmente abrangidos pelas bacias dos dois rios
Por Flávio Martin - Foto: Marcos Filho Sandes/Ascom
A preservação dos recursos hídricos é fundamental para manutenção da vida. Para manter atualizado o conhecimento e o alinhamento com outros municípios, técnicos da Secretaria do Meio Ambiente da Prefeitura de Araguaína participaram, nos dias 5 e 6, de uma capacitação do Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Lontra e Corda. A data também marcou o início da execução do Projeto Olhos d’Água, que vai recuperar 50 nascentes localizadas na zona rural de municípios do Norte do Tocantins.
Os rios Lontra e Corda estão inseridos no sistema hidrográfico do Araguaia. Os doze municípios abrangidos total ou parcialmente pelas bacias dos dois rios são Araguaína, Ananás, Angico, Aragominas, Araguanã, Babaçulândia, Carmolândia, Darcinópolis, Piraquê, Riachinho, Wanderlândia e Xambioá.
"Foram muitos temas discutidos com realização de projetos em parceria com outros órgãos, ONGs e ainda inúmeras capacitações que o comitê promove", comentou a a superintendente do Meio Ambiente de Araguaína, Luana Barbosa. Ela ainda disse sobre a importância de Araguaína para o comitê. "Dos 11 municípios que compõem o comitê, somos o único que possui viveiro de mudas. Em parceiria, nós fornecemos para outras cidades da região o que produzimos. É importante se unir pelo meio ambiente".
Projeto Olhos d’Água
Com o objetivo de recuperar um total de 50 nascentes das bacias dos rios Corda e Lontra, a execução do projeto Olhos d’Água foi oficialmente iniciada na última sexta-feira, 6, na Fazenda Sol Nascente, onde serão plantadas 500 mudas de árvores nativas em um raio de 50 metros no entorno de uma nascente do córrego Ponte, que compõe a bacia do Lontra.
Em Araguaína, 28 nascentes serão recuperadas por meio do projeto. Além da Fazenda Sol Nascente, três propriedades receberão a manutenção antes do começo da estiagem.
O público beneficiado deste projeto incluirá assentados da reforma agrária e agricultores familiares que não tenham área maior do que quatro módulos fiscais. “A recuperação é muito importante para irrigação do pasto e para evitar a erosão. O caminho da água está bastante degradado e criando um buraco”, fala o capataz da Fazenda Sol Nascente, Aluísio Santana.
De acordo com o coordenador do Viveiro Municipal, Alcy Batista, serão plantadas 25 espécies nativas do Cerrado. “Mogno, oiti, buriti, tamburi, ipê amarelo, caju, cajuí, bacaba e muitas outras”, exemplifica. No primeiro momento, quatro nascentes receberão o trabalho de cercamento e plantio. Com o início da estiagem, a equipe focará no cercamento e fará o plantio no início da próxima estação das águas.
O projeto também tem objetivo de dar manutenção durante um período de 30 meses com cercas e aceiros para prevenção de invasão e incêndios florestais, tratos culturais e eventuais replantio de mudas.