Com cerca de 30 mulheres indígenas presentes, a fundação deu início ao projeto Mulher Indígena, desenvolvido nos centros de referência de assistência social (CRAS)
Por:Fernanda de Alcantara
Fotos/crédito: Fernanda de Alcantara/Ascom
Ontem à tarde, no Dia Internacional da Mulher, 8 de março, a Fundação de Atividades Municipal Comunitária de Araguaína (Funamc) realizou ação especial voltada para cerca de 30 mulheres indígenas. Na Casa de Saúde Indígena (CASAI), com distribuição de kits de higiene pessoal, lanches e palestras sobre educação e saúde, também foi anunciado o Projeto Mulher Indígena, que será desenvolvido nos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS).
O público-alvo do projeto são mulheres indígenas em vulnerabilidade e que vivem nas aldeias dos municípios circunvizinhos de Araguaína, especialmente aqueles que são atendidos pela CASAI.
O secretário de Assistência Social, Trabalho e Habitação, José da Guia, esteve presente na ação e disse que a parceria do município estará sempre à disposição. “A mulher indígena é a representação máxima da mulher brasileira, e estaremos sempre a favor dessa valorização àquelas que obtém maior qualidade de vida aqui”, disse.
Eliana Sotero, ou Iré, como é chamada na aldeia São José, local em que mora próximo ao Município de Tocantinópolis, é indígena e disse que é bem atendida sempre. Grávida do quinto filho, ela conta que “gostei muito, achei a ação muito bonita, nós mulheres merecemos né? A importância disso aqui tudo para mim é a saúde, já fiz muitos exames aqui em Araguaína”.
Mulher Indígena
O Projeto “A Mulher Indígena” visa conscientizar sobre a importância da mulher indígena, repensando o seu papel e sua importância na sociedade com sua independência pessoal e profissional.
A superintendente da Funamc, Valdirene Cesário, afirmou que apesar da nossa cidade não ter uma aldeia, é aqui que as mulheres indígenas de aldeias próximas procuram ajuda e são acolhidas e fala um pouco sobre o objetivo do projeto.
“A mulher indígena não é valorizada pelo seu costume e jeito, às vezes nem na aldeia. Queremos conscientizá-las dos direitos. A interação também entre a comunidade branca e a comunidade indígena, ainda é com muito preconceito. Escolhemos esse grupo para comemorar e trazer essa consciência para elas e para nossa cidade”, contou.
O projeto, que vai até abril, realizará palestras, campanhas, intercâmbio entre jovens indígenas e jovens não-indígenas, eventos comunitários e encontros, oficinas e fóruns de discussões nos CRAS.