Eliane Pereira despertou o interesse em vender seus produtos após o evento realizado pela Prefeitura. “Eu fazia antes meus biscuit como terapia, agora vejo uma oportunidade de ter uma renda extra”
Por Thatiane Cunha | Foto: Marcos Filho/Ascom
Mais de 20 alunos concluintes de cursos realizados gratuitamente pela Prefeitura despertaram o interesse em vender seus produtos de forma profissional em Araguaína. O incentivo ao empreendedorismo foi a partir da 1ª Feira do Trabalho, realizada no Parque Cimba no último sábado 23. Com a exposição de seus produtos e o primeiro contato com o público, a dona de casa Eliane Pereira disse que não quer mais parar de vender.
“Eu fazia antes meus biscuit como terapia, agora vejo uma oportunidade de ter uma renda extra para minha família”, afirmou Eliane, que fez o curso no início deste ano no Centro de Geração de Renda.
Assim como a dona de casa, a estudante surda Caroline Maciel vê novos horizontes para a venda de chocolates com a experiência da feira. “É a primeira vez que vendo e gostei muito. Estou fazendo outro curso de doces. Em novembro, estarei vendendo na outra feira”, contou Caroline, que aprendeu a confeccionar os pirulitos de chocolate em curso ofertado pela parceria entre a Prefeitura e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).
A intérprete da Central de Interpretação de Libras (CIL) do Município, Edla Alencar, que fazia o contato de Caroline com o público, afirmou que a estudante pretende continuar vendendo os doces para juntar dinheiro para seu casamento. “Ela aprendeu muito rápido e está muito empolgada com a oportunidade. Está muito feliz em poder vender seus produtos”.
Feiras contínuas
Para o coordenador da 1ª Feira do Trabalho, Jhenmerson Rodrigues, o principal foco era despertar o empreendedorismo dos alunos por meio do contato direto com o cliente. “E estamos percebendo na dinâmica que, neste primeiro contato com os clientes, eles estão empolgados. Tem senhora que não saía de casa de jeito nenhum, a saída era só para o curso. A ideia é trabalhar esses talentos e fazer com eles também sejam rentáveis”.
O coordenador ainda falou sobre a realização de mais feiras. “Qual o ganho da pessoa fazer esse trabalho e ficar só em casa? A gente quer expor isso. Tem alunos que são verdadeiros artistas. A feira será contínua a cada dois meses. Agora que já absorvemos esse primeiro contato com o cliente e se a gente vê que já necessidade, tornaremos cada vez mais frequente”.
A feira
A 1ª Feira do Trabalho expôs ao público tapetes, bordados à mão, produtos de biscuit, pães, bombons e trufas. Os expositores eram de setores ondem residem famílias em vulnerabilidade social, como Xixebal, Bairro de Fátima, Araguaína Sul, Vila Azul, Céu Azul e Barra da Grota. Durante a feira, os valores arrecadados foram destinados para os próprios alunos que confeccionaram o material durante os cursos ministrados pelo Programa de Promoção do Acesso ao Mundo do Trabalho (Acessuas) e parceiros.
O evento contou com o apoio da Sala do Empreendedor, com informações sobre o Microempreendedor Individual (MEI) e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), que disponibilizou equipes de apoio em cursos profissionalizantes.