Mais de 145 famílias foram tiradas de área de risco e cerca de 10 km de drenagem foram realizados
Apesar das fortes chuvas que têm caído sobre Araguaína, o número de famílias atingidas pelos alagamentos têm diminuído nos últimos dois anos. Nos períodos chuvosos de 2012 a 2014, 90 famílias ficaram desabrigadas e 10 casas desabaram. De setembro do ano passado até início de 2015, as poucas famílias que ainda estão sofrendo com enchentes têm sido monitoradas e atendidas pela Prefeitura.
A diminuição no número de atingidos por enchentes se deve aos cerca de 10 km de drenagem construídos nos últimos dois anos e ao encaminhamento de 145 famílias em situação de risco para o Programa Casa para Quem Precisa.
O trabalho de monitoramento da cidade em 10 zonas de risco, por meio dos agentes da Defesa Civil Municipal e pelos assistentes sociais da Prefeitura, tem sido intenso.
Sempre em alerta, a Defesa Civil acompanhou as famílias atingidas nos setores Monte Sinai e Itapuã no último final de semana. No Monte Sinai, quatro casas foram invadidas pelas fortes águas após a queda dos muros nas ruas 16 e 17 e Avenida Brasil.
“Foram registrados danos materiais. Não tivemos ninguém ferido ou desabrigado”, declarou o secretário da Defesa Civil, Ricardo Isaías Pereira.
Na Rua 14 de Dezembro, no Setor Itapuã, o muro de uma residência também caiu após a chuva. A casa fica às margens do córrego Neblina e está desabitada, além de outras duas no mesmo lote. Uma terceira casa está habitada, porém a Defesa Civil Municipal já recomendou que a família desocupe a área, considerada de risco.
“A família nos sinalizou que vai deixar a área. Estamos acompanhando”, assegurou o secretário, reafirmando que a entidade continua monitorando Araguaína 24 horas por dia e está disponível através do telefone 199.
Na tarde do domingo, 25, choveu 35 milímetros na cidade, volume maior que as chuvas nos dias comuns. “Devido ao monitoramento, no domingo encaminhamos algumas famílias para locais seguros, como a casa de parentes”, disse.
Assistência
Em casos como o do Monte Sinai, assistentes sociais vão ao local para visitar os moradores e fazer o levantamento dos prejuízos e das necessidades das famílias. Após o levantamento e caso haja necessidade, a Prefeitura disponibiliza cestas básicas, atenção psicológica, roupas e calçados e, possivelmente, até ajuda na reconstrução de imóveis.
No Setor Monte Sinai, para conter a enxurrada, a Prefeitura já iniciou um trabalho paliativo, com barreiras de contenção.