Anúncio foi feito durante visita da ministra Kátia Abreu nesta sexta-feira, 16
Por Joselita Matos
Durante uma reunião realizada no início da tarde desta sexta-feira, 16, foi anunciada a instalação de uma unidade da Embrapa em Araguaína. O anúncio foi feito após a apresentação do projeto do Parque Tecnológico da cidade para a ministra Kátia Abreu e representantes de várias entidades, como Associação Comercial e Industrial (Aciara), Sindicato Rural, Universidade Federal do Tocantins (UFT) e Faculdade Ciências do Tocantins (Facit).
O prefeito Ronaldo Dimas aproveitou a vinda da ministra na cidade, que veio para o lançamento da obra de construção do Centro Especializado em Reabilitação, para mostrar o projeto do Parque Tecnológico de Araguaína (PqTA). A partir do projeto do parque, também foi solicitado a instalação de uma unidade da Embrapa na cidade.
Dimas explicou que há dois locais para instalar a Embrapa: um deles é em frente à Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia (EMVZ) da Universidade Federal do Tocantins (UFT); e outro, que é o principal, no Distrito Agroindustrial de Araguaína (Daiara). “No Daiara nós temos ainda 100 hectares; 50 desses hectares serão destinados para a implantação do Parque Tecnológico, e no Parque Tecnológico será implantado a unidade da Embrapa”, explicou o prefeito.
“Hoje é um marco não somente para o desenvolvimento de Araguaína, mas de toda a região Norte do Brasil. A vinda da Embrapa Silvicultura Florestas faz com que novas oportunidades sejam geradas”, destacou Dimas.
Para a instalação do Parque Tecnológico, será enviado para a Câmara Municipal um projeto de lei para isenção de impostos para as empresas que queiram se instalar no local, fomentando e incentivando o desenvolvimento tecnológico de Araguaína.
Durante a apresentação do projeto, a ministra Kátia Abreu disse ao prefeito que fosse realizado um seminário em São Paulo, com o objetivo de mostrar o Parque Tecnológico de Araguaína e garantir a vinda de empresas para o local.
Apoio da ministra
A ministra Kátia Abreu garantiu a instalação da Embrapa em Araguaína, além de dar o apoio necessário para a implantação do Parque Tecnológico. “Nós estamos atendendo um pedido do prefeito Ronaldo Dimas, da classe empresarial, e, principalmente, da área de tecnologia, universidades, Instituto Federal, querem fazer de Araguaína um modelo de uma cidade, uma capital tecnológica”, destacou a ministra.
Kátia também comentou sobre o projeto de lei de incentivo a instalação de empresas no parque. “Isso vai fazer com que qualquer empresa de outros Estados e até mesmo de outros países, possam vir querer participar deste projeto tecnológico”, ressaltou.
A Ministra elogiou o projeto do parque. “Então o Parque Tecnológico de Araguaína, que foi aqui apresentado pelo prefeito, é o modelo que serve para Araguaína, para o Brasil e para qualquer parte do mundo. É um modelo moderno, inovador. É misturar a pesquisa, a inovação, a tecnologia e a iniciativa privada”, afirmou.
“Uma não pode estar desconectada da outra. E ele escolheu a matéria prima essencial que é a floresta plantada, a silvicultura; porque é através desse produto pode se ter um cluster muito variado. Nós podemos usar a madeira para MDF, compensados, nós podemos usar para combustível e produto para uma termoelétrica. E nós podemos ainda usar a madeira para papel e celulose, são várias utilidades que existem a madeira hoje. Então é um parque tecnológico que tem tudo para dar certo”, completou a ministra.
Embrapa
A partir do projeto do Parque Tecnológico, Kátia garantiu a instalação de uma unidade da Embrapa em Araguaína. “O Ministério da Agricultura tem o maior interesse e por isso vai instalar a Embrapa aqui em Araguaína, a Embrapa Floresta, Silvicultura, Tropical. Para que isso possa estimular a pesquisa das espécies, dados os produtos vegetais, que são mais adequados para a nossa região”, informou.
Kátia explicou que para instalar a unidade da Embrapa na cidade terá que passar por trâmites burocráticos, mas isso não vai impedir de iniciar o cronograma para as pesquisas. “O mais importante são os campos de pesquisa, não é o prédio físico, a construção, a placa da Embrapa, o importante é ter o espaço para começar a fazer pesquisa com os clones, as variedades que interessam a região e isso tudo a gente vai fazer um cronograma e enviar ao prefeito”, disse.
A ministra ainda destacou que além da pesquisa na área da silvicultura, também terá outras linhas de pesquisa. “Nós nunca temos uma Embrapa exclusivamente de uma atividade. Tem como atividade principal a silvicultura, mas não deixa de pesquisar outras áreas e outras atividades. Não só pecuária de corte, de leite, mas também piscicultura, grãos, enfim, a Embrapa não pode ser limitada. A pesquisa não tem limites”, finalizou.