O trabalho das equipes da saúde garantiu a redução de casos e ainda manteve a cidade como zona livre de doenças como malária e doença de chagas
Em 2014, a Secretaria da Saúde de Araguaína registrou boas notícias. No balanço das ações do Centro de Controle de Zoonoses, de janeiro a novembro houve grandes avanços e foram registrados menos casos de calazar e dengue, quando comparado com o mesmo período de 2013. O trabalho desenvolvido pelas equipes de saúde também garantiu que Araguaína continue como zona livre de malária e doença de chagas.
“As reduções nos números representam mais saúde e segurança para nossa população. As ações do CCZ são realizadas durante todo o ano pela Prefeitura e a população é imprescindível nas campanhas”, apontou o prefeito Ronaldo Dimas.
Dengue
Os casos confirmados de dengue diminuíram 8%. De 494 casos em 2013 para 455 no ano passado. Em 2013 foram registradas duas mortes por causa da doença e, no ano passado, não foi registrada nenhuma. Entre as ações que contribuíram para esta redução está a ampliação da área de cobertura de imóveis, quadras e bairros (esse último saltou de 71 para 124).
“Atribuímos essa redução a intensificação das ações do CCZ e também a circulação do sorotipo 4 na cidade desde 2012, deixando a população imune”, justificou o médico veterinário Anderson Milhomem, também coordenador do Programa da Dengue no órgão.
A participação da população é muito importante para que os casos de dengue diminuam mais. Os índices de infestação nas residências, como o Índice de Infestação Predial (IIP) e o Índice de Infestação em Depósitos (Índice de Breteau), foram registrados acima de 4% em 2014. O índice aceitável pelo Ministério da Saúde é de 1%. “Manter os cuidados em casa e prestar atenção nos cuidados da vizinhança é muito importante para que continuemos diminuindo os casos na cidade”, lembrou Milhomem.
Calazar
Graças ao combate aos vetores, os casos confirmados de calazar em humanos diminuíram de 99 para 44 em 2014. Os números representam menos 55,5% de casos registrados. Quanto aos casos de óbito por calazar, em 2013 foram 5, já no ano passado foram 3.
O trabalho do CCZ também garantiu a diminuição dos casos de Leishmaniose Tegumentar, caracterizada por acometer a pele e mucosas do nariz, boca e garganta em humanos. Apesar das constantes campanhas publicitárias, durante as borrifações contra o mosquito do calazar em 2014, foram registradas 3.474 casas fechadas, 160% a mais que em 2013.
Segundo a médica veterinária Lidiane Teixeira, coordenadora do Programa do Calazar no CCZ, a conscientização da população reduz a presença do vetor nas residências. “A gente atribui ao diagnóstico precoce e a rapidez do resultado positivo. Outra ação positiva foi o encoleiramento de parte da cidade, onde observamos que o uso das coleiras é importante para redução dos casos positivos”, finalizou.
Atendimentos
O CCZ realizou menos atendimentos de acidentes por animais peçonhentos, de 414 para 387, um total 6,5% a menos que em 2013. O atendimento antirrábico aumentou em 4,7%, saindo de 637 para 667.
Quanto aos atendimentos em educação, em 2014 o Núcleo de Educação em Saúde e a equipe técnica do CCZ realizaram 383 eventos, atenderam 46.161 pessoas, realizaram 36 visitas zoosanitárias e fizeram 25 coletas de sangue canino para diagnóstico de raiva e 9.285 para diagnóstico de calazar.
Somente no ano passado foram positivados 1.866 exames para calazar em animais, um percentual de 20% de positividade.
Somente em 2014, foram feitas 3.911 entradas de animais no canil (captura, recolhimento, doações e nascimentos) e 121 entradas no curral.
Em relação ao número de exames de tracoma (doença inflamatória dos olhos) realizados em alunos com idade entre 5 e 14 anos, o CCZ realizou 2.843, superando a meta pactuada com o Ministério da Saúde, que é de 2.660. Foram 183 exames a mais, o equivalente a 6,8%. Pelo menos 75 dos exames foram diagnosticados como positivos.