Os casos notificados da doença reduziram em mais de 30% e o casos positivos em mais de 60%, conforme dados do Centro de Controle de Zoonoses da cidade.
A Prefeitura de Araguaína, por meio da Secretaria de Saúde, através de inúmeras ações realizadas pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), comunica a redução de casos de Calazar na cidade. A informação é do médico veterinário Admilson Modesto, responsável pela Leishmaniose Visceral no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). Até agora, o CCZ notificou 503 casos, 36,6% a menos que em 2013, quando o CCZ contabilizou 793 notificações. Os casos positivos da doença também reduziram quando comparado ao mesmo período do ano passado. Em 2013 foram registrados um total de 80 casos positivos, já este ano, foram apenas 29, o que representa uma redução de 63,75%.
O médico veterinário acredita que a redução do número de casos positivos de calazar em Araguaína é resultado de ações permanentes desenvolvidos pela Prefeitura, através da coleta da coleta do lixo e o trabalho de conscientização da população feito pelos agentes de combate de endemias. “O mutirão Minha Cidade Limpa, realizado no início de 2013, ajudou na diminuição dos casos de Leishmaniose e Dengue. Agora, a ação ganhou outro contorno junto aos cidadãos de forma contínua, já que a obrigação de limpar o quintal da casa é dos próprios moradores” explicou.
Encoleiramento
Segundo Modesto, outra ação de repercussão em andamento é o encoleiramento de cães na cidade, como parte de um projeto de pesquisa da Fundação Osvaldo Cruz em que as coleiras são disponibilizadas pela instituição carioca. O projeto prevê a divisão do município em dois lados, sendo o lado B onde a população canina recebeu as coleiras e o lado A, onde os cães não receberam as coleiras. “Estamos concluindo o terceiro ciclo, seguindo o cronograma do projeto, fazendo a coleta de sangue nos bairros do lado controle e a coleta e encoleiramento no lado contemplado com as coleiras. O projeto termina depois do quarto ciclo, que inicia em novembro e tem previsão de término para maio de 2015” disse o veterinário, assegurando que ao final do projeto, será possível atestar se há eficiência da coleira quanto ao repelente para o vetor da leishmaniose.
Tratamento
Não existe atualmente tratamento eficaz contra a doença nos casos caninos e não há previsão de vacina. Segundo o médico veterinário, a redução tanto do número de casos notificados quanto de casos positivos, deve-se a ação que é realizada diariamente na cidade pela Prefeitura, como a manutenção da limpeza da cidade e conscientização da população sobre os riscos da doença.