CCZ constatou que dos 94 bairros monitorados, 75 confirmaram a presença do vetor transmissor da Leishmaniose Visceral, e, desses, oito são considerados de transmissão intensa.
Com o objetivo de diminuir os números de casos de Leishmaniose Visceral em Araguaína, a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde – Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), vem realizando um trabalho contínuo em toda a cidade, tanto no combate direto ao vetor como na educação em saúde para a população.
De acordo com estudos do CCZ, dos 94 bairros monitorados na cidade, 75 confirmaram a presença do vetor transmissor da Leishmaniose Visceral. E para definir quais as regiões que possuem maior índice de casos em humanos, foi feita a estratificação epidemiológica, ou seja, a definição de bairros com transmissão intensa, moderada, esporádica e receptiva.
De acordo com a metodologia do Ministério da Saúde, seguida pelo CCZ a região considerada de transmissão intensa é aquela com média maior ou igual a 4,4 casos em humanos nos últimos três anos; a moderada é quando há entre 2,4 a 4,4 casos; a esporádica tem a média menor que 2,4 casos; e a receptiva tem ausência de casos, mas com presença do vetor.
Os bairros classificados na transmissão interna são Araguaína Sul, Maracanã, Nova Araguaína, Universitário, São João, Raizal, Itaipu e Barros. Os de transmissão moderada são o Parque Bom Viver, Zona Rural e Morada do Sol I.
No Araguaína Sul, a média de casos nos últimos três anos, chegou a 20,3, bem acima do especificado pelo Ministério da Saúde. Neste bairro, em 2011, foram 17 casos em humanos; no ano seguinte, 2012, o número subiu para 24, e em 2013, o número de casos reduziu para 20. Totalizando, nos últimos três anos, 61 casos no Araguaína Sul.
A partir desses dados, as ações são priorizadas nestes bairros, como o inquérito sorológico canino, educação em saúde com atividades educativas e de orientações para a comunidade dos bairros e também nas escolas públicas.
De acordo com a coordenadora técnica do CCZ, Ketren Carvalho Gomes, as ações de combate ao Calazar, tanto na forma humana como na canina, são contínuas, realizadas o ano inteiro, mas no período chuvoso, são intensificadas, pois é um período propício para a proliferação do mosquito, o flébotomo, vetor da doença. Ketren reforça que a população deve ser parceira no trabalho de combate ao Calazar, pois a limpeza dos quintais e terrenos ajuda a evitar a proliferação do mosquito.