O número de profissionais para alunos com deficiência passou de 30 para 140 em quase dois anos
Salas com recursos multifuncionais, ônibus e escolas adaptadas, além de equipe multidisciplinar. Por essas ações e acompanhamentos regulares, Araguaína é destaque nacional quando o assunto é investimento em educação inclusiva. O Município, por meio da Secretaria da Educação, vem acompanhando e dando suporte para que as unidades escolares possam dar ensino de qualidade para os 500 alunos matriculados que apresentam deficiências.
A partir de 2013, o quadro de profissionais qualificados para atender as crianças com deficiências 212, sendo 30 na Diretoria de Ensino Especial (técnicos educacionais, assistentes sociais, fonoaudiólogos e psicólogos), 42 professores lotados nas salas do Atendimento Educacional Especializado (AEE) e 140 assistentes de professor para acompanhar os alunos com deficiência. Para a diretora de Ensino Especial, Valdene Martins Soares, o objetivo maior é valorizar o ser humano, independente da deficiência que a pessoa tenha, promovendo mais oportunidade e direitos a todos. “O objetivo maior do Município é primar pela qualidade de vida das pessoas com deficiência. Nosso trabalho é este: valorizar essa pessoa como ser humano”, explicou a diretora.
Referência em programas
A Rede Municipal de Ensino aderiu a vários programas nacionais do Ministério da Educação com relação a educação inclusiva. Atualmente, estão instaladas e em funcionamento 27 salas de recursos multifuncionais, dentro do Programa de Implantação de Recursos Multifuncionais.
Também aderiu ao Programa Educação Inclusiva, sendo o município polo responsável por 36 cidades da sua abrangência. Além disso, também aderiu ao Programa Transporte Escolar Acessível – Caminho da Escola, adquirindo dois ônibus escolares adaptados que transportam exclusivamente alunos com deficiências, tanto para as aulas quanto para o Atendimento Educacional Especializado (AEE), rural e urbano.
Outro programa que o Município aderiu foi o Programa Escola Acessível. Ao todo, 33 unidades escolares já foram beneficiadas com verba destinada à promoção da acessibilidade, como a construção de rampas, adaptações em banheiros e ambientes escolares, adequações mobiliárias e nos espaços físicos. Por fim, Araguaína aderiu ao Programa de Acompanhamento e Monitoramento do Acesso e Permanência na Escola (BPC).
Caso de sucesso
Para o frentista Carlos Antônio Dias de Carvalho, esse acompanhamento especializado tem sido um diferencial na vida do seu filho, Ruan Carlos, de 10 anos, que estuda o quarto ano na Escola Municipal Aurélia Buarque de Holanda. De acordo com o pai, Ruan tinha dificuldade na aprendizagem, tendo um comportamento muito agressivo tanto em casa como na escola, deixando de lado o gosto em aprender. Agora o comportamento do filho mudou.
Acompanhamento
A diretora de Ensino Especial, Valdene Martins Soares, explicou que além do ensino regular, o aluno deficiente frequenta a sala de recursos multifuncionais, que é um atendimento especializado de acordo com a necessidade dele. Os atendimentos são semanais, inclusive com o acompanhamento junto às famílias, e as avaliações das atividades realizadas para as crianças são feitas mensalmente.