Depois de ser vítima de um acidente de trânsito, o despachante imobiliário Nilton Gomes ficou com uma limitação física na perna esquerda, passou por cirurgias, teve sobrepeso e desenvolveu outros problemas de saúde. Mas Nilson conta que todas as complicações foram superadas quando ele começou a pedalar, em 2020.
“O ciclismo melhorou tudo, o colesterol, triglicérides, eu pesava mais de 80 quilos, hoje estou com 65. Eu pedalo e ainda sirvo de incentivo para muitos que estão parados ou preste a desistir durante as competições. Sou uma história de superação, onde eu passo”, contou o despachante.
Nilton fez parte dos mais de 130 ciclistas que participaram do 6º Pedal Amarelo - Ciclopaz, no último dia 11, atividade realizada pela ASTT (Agência de Segurança, Transporte e Trânsito) e órgãos de trânsito e segurança parceiros. O percurso iniciou na Via Lago, passou pelas avenidas Marginal Neblina, Via Norte até chegar no Parque Cimba.
Mais respeito aos mais vulneráveis
O evento teve o objetivo de sensibilizar os condutores sobre a importância de respeitar os mais vulneráveis no trânsito. “Muitos trafegam perto demais dos ciclistas, não obedecem à ordem de parada ou a sinalização. Então esse pedal é justamente para conscientizar não só os ciclistas que estão aqui a utilizar o local correto para eles, mas também os condutores para que eles tenham essa atenção e mais cuidado com a sua vida e a dos outros”, informou o superintendente de trânsito da ASTT, Eduardo Barbosa.
Os ciclistas receberam laços e balões amarelos para simbolizar a campanha e os participantes foram recepcionados com uma mesa de frutas no Parque Cimba, onde houve também o sorteio de brindes para os participantes.
Mais respeito
A ação está dentro da Programação do Maio Amarelo 2024, que traz o tema “A paz no trânsito começa por você”. A professora Délcia Quezado, participante do pedal, reforça eventos como esse são muito necessários para provocar a mudança no trânsito que os ciclistas precisam.
“Na estrada já passei por situações de insegurança, uma delas é quando buzinam de forma agressiva com ignorância, como se pista fosse só deles, mas não é. A pista é para todos. Então, tem muito a melhorar e o respeito deve ser mútuo”, reforçou a ciclista.
Apoiadores
A GMA (Guarda Municipal de Araguaína), Detran e o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) prestaram apoio para os participantes durante todo o trajeto, além dos integrantes de moto clubes da cidade que foram abrindo o caminho para os ciclistas.
“Na condição de motociclistas, corremos muitos riscos. Percebo, por exemplo, a falta paciência dos condutores no trânsito, que às vezes são muito apressados, por isso nosso objetivo foi dar mais segurança para os ciclistas, de forma que eles pudessem ter mais tranquilidade durante todo o percurso”, disse a integrante do motoclube Castelo dos Templários, Scarleth Cordeiro.
O Maio Amarelo tem a participação ativa do SAMU, 2º BPM (Batalhão da Polícia Militar), BPMRED (Batalhão de Polícia Militar Rodoviária e Divisas), 2º Batalhão do Corpo de Bombeiros Militar, 2º Delegacia Regional de Polícia Civil, Detran (Departamento Estadual de Trânsito), PRF (Polícia Rodoviária Federal), Cejusc (Centro Judiciário de Soluções de Conflitos e Cidadania), Hemocentro Regional de Araguaína, Ministério Público do Tocantins, Câmara de Vereadores e secretarias municipais do Esporte Cultura e Lazer, da Educação e da Comunicação Social.
Principais ações
A programação do Maio Amarelo segue este dia dia 14, terça-feira, quando serão feitas blitzen educativas em escolas estaduais e municipais. No dia 17, sexta-feira, haverá a 3ª Caminhada pela Paz, às 17 horas, partindo da esquina da Rua Floriano Peixoto com a Av. Cônego João Lima, no centro. E no dia 29, às 7h30, será o encerramento oficial do evento com uma blitz educativa na Av. Filadélfia, em frente ao 2º BPM.
(Por Giovanna Hermice | Fotos: Secom Araguaína)
O percurso iniciou na Via Lago, passou pelas avenidas Marginal Neblina, Via Norte até chegar no Parque Cimba
A professora Délcia Quezado lembra que as vias são para todos e o respeito no trânsito deve ser mútuo
“O ciclismo melhorou tudo, o colesterol, triglicérides, eu pesava mais de 80 quilos, hoje estou com 65”, disse o despachante Nilson