Mais 28 homens concluíram o tratamento contra a dependência química e receberam a certificação da UAA (Unidade de Acolhimento Adulto) de Araguaína no último domingo, 13 de abril. Na presença dos familiares, amigos, da equipe da unidade e de autoridades políticas, os acolhidos compartilharam um pouco de suas trajetórias e a esperança em uma nova vida.
Uma das histórias foi do indígena Dacimar Uaritax Dias Achure Karajá, agente de saúde da aldeia do povo Karajá em Santa Fé do Araguaia. Dacimar contou que começou a beber aos 17 anos e que nunca recebeu qualquer orientação sobre os perigos do álcool.
“Eu tive vários problemas, tanto dentro da minha família, como dentro da minha comunidade, onde perdi a minha dignidade, a minha moral, o respeito. Chegou o momento que eu pensava que dava conta de sair dessa vida por mim mesmo, só que reconheci que precisava de ajuda, por isso pedi ajuda aos meus familiares”, disse o agente de saúde.
O indígena recebeu o apoio da irmã, que já tinha ouvido falar da UAA e ajudou Dacimar a acessar o tratamento. Com a conclusão, ele espera reconquistar o respeito da família e do seu povo.
“Na unidade de acolhimento, as pessoas amam o que fazem, dão a vida por nós. Muitas pessoas da sociedade só olham para você e te veem como coitado, mas aqui eles viram a gente como pessoa, porque eles tratam de vida. Então é muito importante esse trabalho que está acontecendo aqui”, compartilhou Dacimar.
Centenas de vidas recuperadas
Iniciada em 2017, a UAA já atendeu 412 homens com dependência em álcool e outras drogas. O tratamento é voluntário e 100% gratuito, mantido pela Prefeitura de Araguaína, por meio da Secretaria Municipal da Saúde. A porta de entrada para a unidade é pelo CAPS ADIII (Centro de Assistência Psicossocial – Álcool e Drogas), que faz a primeira avaliação e depois encaminha o paciente para a unidade.
Wagner Enoque, coordenador da UAA, informa que o tempo médio de tratamento é de seis meses, mas pode ser estendido conforme a necessidade de cada interno. Na UAA, os acolhidos participam de atividades laborais, como o cultivo de hortas, cuidados com o pesqueiro, além de cursos profissionalizantes.
“Aqui eles começam a construir uma nova vida, que vai ser celebrada fora da unidade. Por isso, também temos o compromisso de encaminhar esses homens para o mercado de trabalho. Na UAA, eles recebem qualificação para poder sair com uma profissão e proporcionar mais qualidade de vida para eles mesmos e para suas famílias”, ressalta Wagner.
Acolhimento completo
Conforme explicou a secretária da Saúde de Araguaína, Ana Paula a Abadia, o Município conta com RAPES, a Rede de Atenção Psicossocial, composta pelo CAPS ADIII, CAPS Infantil, CAPS II, a Unidade de Acolhimento Adulto e a Residência Terapêutica, permitindo que os cidadãos que necessitam de apoio tenham o serviço completo e gratuito.
“Esses 28 homens, e tantos outros que já passaram pela UAA, superaram os seus medos, as suas dores e as suas angústias. Eles escolheram lutar por uma vida melhor, lutar pelas suas famílias. E isso faz parte do que a Prefeitura de Araguaína e a Secretaria da Saúde fazem pela nossa população”, enfatizou a secretária.
“Acredito que, assim como eu, a maioria das pessoas que está nesta formatura está se sentindo privilegiado por fazer parte deste momento. E o mais bonito de tudo isso é a palavra acolhimento, porque é muito bom ser acolhido, é uma forma diferente de passar por esse tratamento. Então eu parabenizo a todos por essa coragem e pela renovação da vida”, disse o secretário da Assistência Social de Araguaína, Alcides Filho, representando o prefeito Wagner Rodrigues no evento.
Uma das histórias foi do indígena Dacimar Uaritax Dias Achure Karajá, agente de saúde da aldeia do povo Karajá em Santa Fé do Araguaia. Dacimar contou que começou a beber aos 17 anos e que nunca recebeu qualquer orientação sobre os perigos do álcool.
“Eu tive vários problemas, tanto dentro da minha família, como dentro da minha comunidade, onde perdi a minha dignidade, a minha moral, o respeito. Chegou o momento que eu pensava que dava conta de sair dessa vida por mim mesmo, só que reconheci que precisava de ajuda, por isso pedi ajuda aos meus familiares”, disse o agente de saúde.
O indígena recebeu o apoio da irmã, que já tinha ouvido falar da UAA e ajudou Dacimar a acessar o tratamento. Com a conclusão, ele espera reconquistar o respeito da família e do seu povo.
“Na unidade de acolhimento, as pessoas amam o que fazem, dão a vida por nós. Muitas pessoas da sociedade só olham para você e te veem como coitado, mas aqui eles viram a gente como pessoa, porque eles tratam de vida. Então é muito importante esse trabalho que está acontecendo aqui”, compartilhou Dacimar.
Centenas de vidas recuperadas
Iniciada em 2017, a UAA já atendeu 412 homens com dependência em álcool e outras drogas. O tratamento é voluntário e 100% gratuito, mantido pela Prefeitura de Araguaína, por meio da Secretaria Municipal da Saúde. A porta de entrada para a unidade é pelo CAPS ADIII (Centro de Assistência Psicossocial – Álcool e Drogas), que faz a primeira avaliação e depois encaminha o paciente para a unidade.
Wagner Enoque, coordenador da UAA, informa que o tempo médio de tratamento é de seis meses, mas pode ser estendido conforme a necessidade de cada interno. Na UAA, os acolhidos participam de atividades laborais, como o cultivo de hortas, cuidados com o pesqueiro, além de cursos profissionalizantes.
“Aqui eles começam a construir uma nova vida, que vai ser celebrada fora da unidade. Por isso, também temos o compromisso de encaminhar esses homens para o mercado de trabalho. Na UAA, eles recebem qualificação para poder sair com uma profissão e proporcionar mais qualidade de vida para eles mesmos e para suas famílias”, ressalta Wagner.
Acolhimento completo
Conforme explicou a secretária da Saúde de Araguaína, Ana Paula a Abadia, o Município conta com RAPES, a Rede de Atenção Psicossocial, composta pelo CAPS ADIII, CAPS Infantil, CAPS II, a Unidade de Acolhimento Adulto e a Residência Terapêutica, permitindo que os cidadãos que necessitam de apoio tenham o serviço completo e gratuito.
“Esses 28 homens, e tantos outros que já passaram pela UAA, superaram os seus medos, as suas dores e as suas angústias. Eles escolheram lutar por uma vida melhor, lutar pelas suas famílias. E isso faz parte do que a Prefeitura de Araguaína e a Secretaria da Saúde fazem pela nossa população”, enfatizou a secretária.
“Acredito que, assim como eu, a maioria das pessoas que está nesta formatura está se sentindo privilegiado por fazer parte deste momento. E o mais bonito de tudo isso é a palavra acolhimento, porque é muito bom ser acolhido, é uma forma diferente de passar por esse tratamento. Então eu parabenizo a todos por essa coragem e pela renovação da vida”, disse o secretário da Assistência Social de Araguaína, Alcides Filho, representando o prefeito Wagner Rodrigues no evento.
(Por Ricardo Sottero | Fotos: Thiago Santos / Secom Araguaína)


Dacimar Uaritax Dias Achure Karajá, acolhido e concluinte da UAA

Wagner Enoque, coordenador da UAA

Ana Paula Abadia, secretária da Saúde de Araguaína

Alcides Filho, secretário da Assistência Social de Araguaína