O objetivo é realizar palestras, rodas de conversa e outras atividades como meios de aproximação com o paciente para humanização do atendimento
Por Marcelo Martin - Foto: Marcos Sandes/Ascom
A depressão é uma das doenças mais impactantes no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Como forma de intensificar este combate, servidores da unidade básica de saúde (UBS) Maria dos Reis, no Setor Barros, criaram o Projeto Não Depressão, que busca aproximar os pacientes e humanizar o atendimento. O piloto foi iniciado na manhã desta terça-feira, 14, e será levado para mais três UBS neste mês.
Com o projeto, a Secretaria da Saúde espera diminuir pedidos de encaminhamento para profissionais da saúde mental e disponibilizar as vagas para casos mais graves. As reuniões serão realizadas uma vez por mês em quatro UBS e se a avaliação for positiva, expandirá para outras unidades. Na próxima quarta-feira, 22, a UBS do setor Costa Esmeralda recebe a ação às 8 horas. As atividades nas UBS dos setores Couto Magalhães e Maracanã serão agendadas.
Aproximação
Na estreia, houve palestras motivacionais, rodas de conversa e teatro. De acordo com a idealizadora do Projeto Não Depressão e auxiliar administrativa da UBS do setor Barros, Keila Rocha, as atividades servem como terapia de grupo. “Eu analisei os pedidos de encaminhamento para psicólogos e psiquiatras e percebi que metade se trata de problemas familiares. Às vezes, as pessoas só precisam de atenção para superar”, contou.
A iniciativa sensibilizou a chacareira Joana Darc Martins de Araújo, 41 anos, que já havia passado por profissionais da saúde mental. “Eu tenho sete filhos e estão na adolescência, que é quando a mãe sofre mais porque não escutam os pais. Eu estava com síndrome do pânico, esgotada. E só fui me sentir bem depois da conversa que tive na UBS”, relatou Joana.
Núcleo de apoio
O atendimento psicológico e psiquiátrico à comunidade pode ser solicitado a partir de uma consulta nas UBS. Identificada a necessidade de acompanhamento, o paciente é encaminhado ao Núcleo Ampliado a Saúde da Família (Nasf) para receber o atendimento necessário.
"Eu estava com síndrome do pânico, esgotada. E só fui me sentir bem depois da conversa que tiver na UBS”, relatou Joana